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Pais de Vanessa querem atuar na acusação do feminicídio da filha

O autor do atropelamento que tirou a vida da jovem e lesionou Anuxa Leite virou réu no processo após justiça aceitar denúncia do MP.

21/10/2019 10:40

Os pais da jovem Vanessa Carvalho, assassinada na saída de uma festa na zona Leste no último dia 29 de setembro, solicitaram ao Ministério Público autorização para integrarem o time de advogados e representantes do MP que fazem parte da acusação no processo contra Pablo Henrique Campos Santos. Edson Filho e Vânia Carvalho também são advogados no exercício da profissão.

A informação consta na decisão da justiça de aceitar a denúncia oferecida pelo MP contra Pablo Henrique. O juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri, deu ao Ministério Público o prazo de cinco dias para se manifestar sobre a solicitação dos pais de Vanessa. Caso o parecer seja positivo, os dois poderão atuar legalmente no caso como assistentes de acusação do ente ministerial no caso do feminicídio da própria filha.


Edson Filho e Vânia Carvalho são pais de Vanessa Maria Carvalho - Foto: Assis Fernandes/O Dia

Pablo Henrique se torna réu

Além de determinar que o Ministério Público decida sobre o pedido de Edson Filho e Vânia Carvalho, o juiz Reis Nollêto também aceitou a denúncia oferecida contra Pablo Henrique Campos Santos. Ele agora é réu no processo pelo feminicídio de Vanessa Maria Chaves Carvalho e o feminicídio tentado de Anuxa Kelly Leite de Alencar.


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O crime aconteceu no dia 29 de setembro, na Avenida Homero Castelo Branco. Na saída de uma festa de casamento, Pablo teria discutido com Anuxa e, em seguida, jogado seu carro contra ela e Vanessa, atropelando-as. Vanessa morreu na hora e Anuxa foi socorrida e levada para o hospital.

Em sua decisão, o magistrado pontua que “ficou demonstrada a justa causa para deflagração da ação penal”, já que há prova material do fato, segundo atestam o relatório de análise de imagens, o laudo cadavérico de Vanessa Carvalho e o laudo de lesão corporal de Anuxa Kelly. “Os indícios de autoria atribuída ao denunciado, por sua vez, encontram-se evidenciados pelos depoimentos colhidos durante a investigação criminal”, diz Reis Nollêto na decisão.


Pablo Henrique Campos Santos após prisão - Foto: Divulgação/PMPI

Ao receber a denúncia e citar Pablo Henrique, o juiz deu o prazo de dez dias para que a defesa dele responda à acusação.

Na denúncia do MP, o promotor de justiça requereu a fixação de um valor mínimo para a reparação dos danos causados às vítimas. No entanto, no entendimento do magistrado, ainda não é o momento para análise do requerimento, visto que o processo está apenas em seu início e a fixação de valor para reparação dos dados somente acontecerá em caso de eventual condenação.

Por: Maria Clara Estrêla
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