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Bebê venezuelano morre de pneumonia após 10 dias em Teresina

A criança deu entrada no Hospital do Buenos Aires, na zona Norte, no sábado (2) com sintomas de pneumonia.

05/11/2019 09:03

Uma criança venezuelana de apenas um ano e um mês veio a óbito no último domingo (03) após dar entrada no Hospital do Buenos Aires em Teresina. O bebê faz parte de um grupo de refugiados abrigado em Teresina e havia chegado à Capital há 10 dias. 


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Segundo a Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi) a criança deu entrada na unidade hospitalar no sábado (2) com sintomas de pneumonia. O órgão alega que a equipe médica realizou todos os procedimentos possíveis, mas infelizmente não teve como reverter a situação.

Secretário municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas, Samuel Silveira. (Foto: Assis Fernandes/O Dia)

Uma equipe do Serviço Especializado em Abordagem de Rua (SEAS) foi acionada e providenciou junto ao plantão municipal da urna funerária os procedimentos para o sepultamento. A criança foi velada no domingo e enterrada nesta segunda-feira (4) no cemitério da Santa Maria da Codipi. 

De acordo com o secretário da Semcaspi, Samuel Silveira, o órgão está fazendo o acompanhamento do CSU do Buenos Aires, onde a criança estava abrigada, e encaminhou materiais de limpeza e alimentos para os refugiados. Segundo ele, a principal dificuldade no local é de relacionamento.

"Há uma dificuldade de relacionamento, até mesmo entre os venezuelanos e nossas equipes técnicas, um coordenador chegou a pedir demissão por sofrer ameaças dos venezuelanos. Ainda há um comportamento não condizente com o abrigamento como consumo de álcool que momentaneamente cessou, e esperamos que permaneça assim, e há a questão da mendicância, que é também fiscalizada e acompanhada pela assistência", destaca. 

Cerca de 100 venezuelanos refugiados recebem amparo do poder público em Teresina. O grupo está sendo abrigado em dois espaços na Capital e recebe acompanhamento de órgãos municipais e entidades sociais.


Por: Nathalia Amaral e Maria Clara Estrêla
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