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Dudu diz que Ciro Nogueira 'não sabe viver sem estar na sombra do governo federal'

rompimento entre o governador Wellington Dias (PT) e o senador Ciro Nogueira (Progressistas) ainda repercute no cenário político local. O assunto foi lembrado pelo vereador Edilberto Borges, o Dudu (PT), durante sessão na Câmara Municipal de Teresina (CMT) na manhã desta quarta-feira (12).

Ele lembrou que o senador foi reeleito com apoio de membros do PT, inclusive ele próprio, mesmo este tendo “traído” o partido, fazendo referência ao processo de impeachment da ex-presidente Dilma Roussef (PT), em que Ciro foi favorável. "Não faça disso um palanque injusto com quem ajudou a lhe eleger", disse.

Vereador Dudu (Foto: Arquivo/ODIA)

Além disso, Dudu rebateu a recente acusação feita por Ciro Nogueira em relação a forma como o Governo do Estado gerencia os recursos oriundos dos precatórios judiciais do do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), sugerindo “mau uso de dinheiro público” e “desvios criminosos”.

O vereador da capital lamentou o comportamento do ex-aliado que, segundo ele, "não sabe viver sem estar na sombra do Governo Federal", ao lembrar a reaproximação do senador piauiense ao presidente Jair Bolsonaro. “O seu tamanho não precisa ser rebaixado, para fazer um aceno para ao Bolsonaro, que vossa excelência chamou de fascista, atacando o PT", disparou.


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Por fim, o líder da oposição na CMT pediu que Ciro Nogueira esqueça os ataques e trabalhe em benefício do estado mesmo sem estar aliado à gestão. “Faça bom proveito e siga seu caminho. Trabalhe pelo Piauí, que é sua obrigação, mas não cuspa, mais uma vez, no prato que você comeu até um dia”, finalizou.

Reação

Em resposta, vereadores do PP pediram aparte ao discurso do petista, como o presidente municipal da sigla, Aloísio Sampaio. Apesar de não ter relação com as discussões partidárias em âmbito estadual, pontuou que “quem precipitou a questão política não foi o Progressistas nem Ciro Nogueira, foi o próprio governador Wellington Dias”.

Embora considere o impasse como mais pontual entre o senador e o governador, Graça Amorim reiterou a importância daquele para conseguir investimentos federais ao estado, o que deve ser mantido em sua avaliação. Ela citou, por exemplo, que alguns deputados estaduais do PP, à exemplo do seu irmão Hélio Isaías, permanecem na base de Wellington Dias. “Não é o momento de estarmos achincalhando esse ou aquele, dizendo quem está ou não certo”