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Senadores piauienses se dividem na votação do impeachment da presidente

O senador Elmano Férrer, do PTB, por exemplo, tem mantido suspense em relação como deve votar

11/05/2016 07:07

A votação sobre a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado acontece nesta quarta-feira (11) e os senadores piauienses dividem os votos. Dentre os nomes de Regina Sousa (PT), Elmano Ferrer (PTB) e Ciro Nogueira (PP), apenas apenas Elmano tem mantido suspense em relação seu voto. Regina compõe o time de apoio à presidente Dilma. Já Ciro Nogueira (PP), ainda na noite de ontem (10), confirmou a O DIA que vota sim pela admissibilidade do processo.

O comportamento do senador Ciro Nogueira (PP) foi definido por uma decisão de sua sigla, que um dia antes da votação do impeachment na Câmara, fechou acordo pelo sim e defendeu a expulsão de quem votar contra o afastamento da presidente Dilma. Até então, Ciro era aliado de primeira hora da presidente, mas diante das cobranças da maioria de deputados do PP, ele resolveu seguir a maioria do partido e defender o afastamento de Dilma, principalmente para não perder o comando da sigla.

Entre os senadores piauienses, o único voto certo contra o impeachment é o da senadora Regina Sousa (PT). Uma das fundadoras do partido no Piauí, sempre foi de confiança do governador piauiense Wellington Dias (PT). Regina foi eleita em 2010 na condição de primeira suplente e assumiu o mandato no Senado ano passado, quando o titular Wellington Dias se afastou para ser governador do Piauí.

Já Elmano Ferrer (PTB) mantem suspense por conta dos problemas políticos que enfrentou logo após ter indicado que votaria pelo impeachment da presidente Dilma. Assim que o processo foi aprovado na Câmara, ele divulgou uma carta afirmando que votaria sim, mas sofreu uma serie de problemas políticos por isso e dessa forma, seu voto só será definido apenas na hora da votação.

Análise da admissibilidade do processo será em três etapas e deve seguir até a noite

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), confirmou para esta quarta- -feira (11) a análise da admissibilidade do processo de impeachment contra Dilma Rousseff (PT). O rito da sessão é dividido em três etapas: de 9h às 12h; de 13h às 18h; de 19h em diante. Pelo menos 60 senadores se inscreveram para discutir a matéria. Cada um deles terá 10 minutos para discutir e cinco minutos para encaminhar o voto. Os senadores se inscreveram na tarde de ontem (10). O relator do processo, Antônio Anastasia (PSDB) e o defensor da presente, José Eduardo Cardoso, serão os últimos a falar por 15 minutos.

Será possível votar sim, não ou abstenção. Após a conclusão da votação, será divulgado como cada parlamentar votou. O quórum mínimo para votação é de 41 dos 81 senadores (maioria absoluta). Para que o parecer seja aprovado, é necessário voto da maioria simples dos senadores presentes – metade mais um. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), só vota em caso de empate.

Se for aprovado o relatório da comissão, o processo é oficialmente instaurado e a presidenta Dilma Rousseff afastada por 180 dias. Em caso contrário, o processo é arquivado e Dilma segue à frente do Executivo. Em caso de admissibilidade, a presidente será notificada da decisão na quinta-feira (12) pela mesa diretora do Senado.


Por: João Magalhães - Jornal O DIA
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