A votação sobre a admissibilidade
do processo de impeachment
da presidente Dilma
Rousseff (PT) no Senado
acontece nesta quarta-feira
(11) e os senadores piauienses
dividem os votos. Dentre
os nomes de Regina Sousa
(PT), Elmano Ferrer (PTB)
e Ciro Nogueira (PP), apenas
apenas Elmano tem mantido
suspense em relação seu
voto. Regina compõe o time
de apoio à presidente Dilma.
Já Ciro Nogueira (PP), ainda
na noite de ontem (10), confirmou
a O DIA que vota sim
pela admissibilidade do processo.
O comportamento do senador
Ciro Nogueira (PP) foi
definido por uma decisão de
sua sigla, que um dia antes da
votação do impeachment na
Câmara, fechou acordo pelo
sim e defendeu a expulsão de
quem votar contra o afastamento
da presidente Dilma.
Até então, Ciro era aliado de
primeira hora da presidente,
mas diante das cobranças da
maioria de deputados do PP,
ele resolveu seguir a maioria
do partido e defender o afastamento
de Dilma, principalmente
para não perder o comando
da sigla.
Entre os senadores piauienses,
o único voto certo contra
o impeachment é o da senadora
Regina Sousa (PT).
Uma das fundadoras do partido
no Piauí, sempre foi de
confiança do governador
piauiense Wellington Dias
(PT). Regina foi eleita em
2010 na condição de primeira
suplente e assumiu o mandato
no Senado ano passado,
quando o titular Wellington
Dias se afastou para ser governador
do Piauí.
Já Elmano Ferrer (PTB)
mantem suspense por conta
dos problemas políticos que
enfrentou logo após ter indicado
que votaria pelo impeachment
da presidente Dilma.
Assim que o processo foi
aprovado na Câmara, ele divulgou
uma carta afirmando
que votaria sim, mas sofreu
uma serie de problemas políticos
por isso e dessa forma,
seu voto só será definido apenas
na hora da votação.
Análise da admissibilidade do processo será
em três etapas e deve seguir até a noite
O presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB),
confirmou para esta quarta-
-feira (11) a análise da admissibilidade
do processo
de impeachment contra Dilma
Rousseff (PT). O rito
da sessão é dividido em três
etapas: de 9h às 12h; de 13h
às 18h; de 19h em diante.
Pelo menos 60 senadores se
inscreveram para discutir a
matéria. Cada um deles terá
10 minutos para discutir e
cinco minutos para encaminhar
o voto. Os senadores
se inscreveram na tarde de
ontem (10). O relator do
processo, Antônio Anastasia
(PSDB) e o defensor da presente,
José Eduardo Cardoso,
serão os últimos a falar
por 15 minutos.
Será possível votar sim,
não ou abstenção. Após a
conclusão da votação, será
divulgado como cada parlamentar
votou. O quórum
mínimo para votação é de 41
dos 81 senadores (maioria
absoluta). Para que o parecer
seja aprovado, é necessário
voto da maioria simples dos
senadores presentes – metade
mais um. O presidente
do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), só vota em
caso de empate.
Se for aprovado o relatório
da comissão, o processo
é oficialmente instaurado e
a presidenta Dilma Rousseff
afastada por 180 dias. Em
caso contrário, o processo
é arquivado e Dilma segue
à frente do Executivo. Em
caso de admissibilidade, a
presidente será notificada
da decisão na quinta-feira
(12) pela mesa diretora do
Senado.