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25 famílias já foram removidas de suas casas por conta de alagamento em THE

Pelo menos 40 residências ainda terão que ser desocupadas por causa das chuvas. 15 delas estão no Residencial Dilma Rousseff, onde 9 casas desabaram na quarta-feira.

02/03/2018 08:04

A chuva continua sendo sinônimo de preocupação para muitos teresinenses, em especial aqueles que vivem em áreas de risco monitoradas pelo poder público. Pelo menos 25 famílias já tiveram que deixar suas residências por conta de alagamentos em Teresina, 15 delas são moradoras do Residencial Dilma Rousseff  na zona Norte, onde nove casas vieram a baixo no último dia 28.

O número de habitações notificadas pela Defesa Civil no residencial já chega a 40, foi o que informou o tenente Sebastião Domingos. representante do órgão. Até esta sexta-feira (02), a Defesa Civil estava monitorando 60 áreas com risco de desabamento, deslizamento e alagamento em toda Capital, mas o número pode subir por conta da previsão de mais chuvas fortes para os próximos dias.

No momento, as áreas onde se registram os maiores índices de alagamentos são, além do Residencial Dilma Rousseff, o conjunto Cidade Leste, uma parte da Santa Maria da Codipi, e o Parque Boomerang, na zona Rural. A região da Taboca do Pau Ferrado também está sendo monitorada, principalmente pelo risco de enxurrada.

O tenente Sebastião Domingos explica que a maior dificuldade do órgão é manter as famílias atingidas longe de suas residências durante o período de notificação de risco. De acordo com o representante da Defesa Civil, as pessoas voltam para suas casas logo que a chuva começa a dar uma trégua.

“A tendência é a valorização do material e mão da vida. São famílias de classes mais desfavorecidas, geralmente residentes e, ocupações, que não querem e nem poder perder o pouco que têm. A gente tenta conscientizar, faz a remoção para áreas seguras, mas elas acabam voltando por medo de terem seus bens roubados enquanto estão fora”, admite o tenente Domingos.

Durante cinco horas a chuva não deu trégua

Na noite de ontem (01), a pancada de chuva em Teresina começou por volta das 17 horas. Cinco horas e a precipitação continuava sem dar trégua  e o resultado foi a formação de pontos de alagamentos em todas as zonas da Capital e transtorno para a população.

Várias residências do Conjunto Manoel Evangelista, na zona Sudeste da Capital, ficaram alagadas. Os moradores precisaram suspender os móveis para evitar maiores prejuízos. Ruas e avenidas do Vale do Gavião, na zona Leste, também ficaram debaixo de água. A região é considerada de risco por ser área de declive e não possuir sistema de escoamento para dar vazão suficiente à água que se acumula durante a chuva.

Também na zona Leste, o cruzamento das Avenidas Nossa Senhora de Fátima com João Elias Tajra, onde há dois anos foi feita obra de rebaixamento para construção de galerias, também se tornou um ponto de alagamento. Veículos de menor porte tiveram dificuldades para passar pelo local e formou-se um pequeno congestionamento até a altura do cruzamento com a Avenida Jóquei Clube, no sentido Centro/Leste por volta das 18 horas.

E quem precisou passar pelo Centro de Teresina durante a chuva também encontrou dificuldades. Houve um longo engarrafamento no acesso à Ponte Juscelino Kubitscheck, na Avenida Frei Serafim, sentido Centro-Leste. A sinalização semafórica também apresentou problemas em alguns cruzamentos.

O volume de água acumulado acabou cobrindo buracos nas vias. Na alça de acesso da Ponte JK para a Marechal Castelo Branco, por exemplo, um veículo foi parar dentro de uma pequena cratera que se abriu próximo à calçada. Não há registro de feridos, mas o carro ficou com praticamente toda a lateral direita dentro do buraco, tendo sido necessário chamar um reboque.

BR-343 amanhece com vias liberadas

Se na zona urbana houve transtornos, nas rodovias de acesso a Teresina, o trânsito começou a ter melhoras. A Polícia Rodoviária Federal informou que o trecho entre Teresina e Altos, na BR-343, já foi totalmente liberado para o trânsito de veículos, que agora flui das duas pistas. A liberação da pista ocorreu as 3 horas da madrugada de hoje (03).

A via tinha sido interditada na última quarta-feira (28), após o acostamento desabar e haver risco de o asfalto ser levado pela chuva. Como medida de urgência, o DER e o DNIT colocaram pedras para dar sustentação à pista e impedir que se abrissem novas fissuras.

A população registrou a força da correnteza em uma rua do bairro Comprida, região do Grande Dirceu, após a chuva. O local foi o mesmo onde um carro com dois irmão foi levado pela água e caiu em uma galeria  na semana passada, deixando uma pessoa morta.


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Por: Maria Clara Estrêla
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