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Morte de policiais: Comandante descarta ação orquestrada contra PMs

O comandante-geral pede para que os policiais redobrem a atenção durante a folga

05/08/2020 15:55

O comandante-geral da Polícia Militar do Estado do Piauí, coronel Lindomar Castilho, descarta que a morte de policiais militares registradas em menos de uma mês em Teresina tenham relação com alguma ação orquestrada contra a corporação. Ele acredita que os casos em pequeno espaço de tempo sejam coincidência.

Lindomar Castilho revelou que as investigações apontam que as vítimas não estavam recebendo ameaçadas. “Isso dói bastante porque são três irmãos da Polícia Militar. Não temos nenhum indício apurado que aponte uma ação contra os policiais. Acreditamos que seja uma infeliz coincidência. Não há registro de ameaças ou que tenham participado de alguma operação que possa causar uma revanche”, disse.

Coronel Lindomar Castilho, comandante-geral da Polícia Militar do Piauí (Foto: Jailson Soares / O Dia)

Para o comandante, as reações dos policiais nas tentativas de assaltos são justificadas pelo espírito militar dos profissionais. "Os três estavam à paisana, na sua folga, eram vítimas como qualquer um. A diferença é que eram policiais. Eles tiraram a farda, estavam sem o apoio do colega, mas o espírito dele ainda é de policial. Por isso é quase instintivo ele reagir”, explica Lindomar.

O coronel afirmou que os latrocínios estão em investigação e os responsáveis serão identificados e punidos pelos crimes cometidos contra os PMs. Ele deixa o alerta para que os policiais redobrem a atenção durante a folga.

‘Nossa preocupação é alertar o policial. Do jeito que ele é alerta quando está no patrulhamento, ele tem que está atendo quando estiver sem a farda. Não há crime que fique impune no Piauí cometido contra o policial. Esses criminosos irão pagar pelos crimes que cometeram.

Os casos

A primeira morte de policial aconteceu no dia 22 de julho, na Vila São Francisco, zona Norte de Teresina. O soldado Lídio Roberto de Sousa Mesquita  trafegava em uma moto quando foi abordado pelos criminosos e morto com um tiro. Os dois suspeitos fugiram com a motocicleta.

Dois dias depois, em 24 de julho, o capitão Adonias estava na porta de casa, no Morro da Esperança, zona Norte, no momento que três assaltantes o abordaram. O policial tentou reagir, mas foi atingido  com um disparo no ombro e outro na cabeça. Após 11 dias internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ele faleceu na madrugada da última terça-feira (05/08).

Nessa terça-feira foi registrado também o terceiro caso de policial militar morto em assalto. O sargento Marcos Roberto Freitas  foi abordado por dois criminosos no bairro Porto Alegre, na zona Sul, e reagiu. Ele acertou um dos envolvidos, mas acabou sendo morto. Os suspeitos fugiram sem levar objetos pessoais da vítima. 

Por: Otávio Neto
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