Sem dúvidas, a busca pelos serviços online estão ganhando ainda mais destaque por conta da pandemia. As empresas estão aderindo a essa “nova” modalidade de trabalho para atender ao clientes e conseguir obter algum lucro. Com isso, oferecer seus serviços em aplicativo se tornou a principal forma de garantir renda e seus negócios funcionando.

Segundo um levantamento inédito feito por uma empresa especializada em contratação de serviços por aplicativo, no Piauí, a procura por serviços cresceu 235% em junho, em comparação ao mesmo período do ano passado. A pesquisa sugere que esse comportamento do consumidor é um reflexo do isolamento social e da reabertura gradual do comércio. Dentro os serviços mais procurados destacam-se as categorias de “assistência técnica” e “reformas e reparos”.

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Ainda de acordo com a pesquisa, a procura por serviços no Estado também teve um aumento significativo de 127% em março deste ano, em relação ao mesmo período de 2019. O mês de abril também teve crescimento de 107% em comparação ao mesmo mês do ano passado. Em maio deste ano, o crescimento foi de 139% em relação ao ano anterior.

^{Dentro os serviços mais procurados destacam-se as categorias de “assistência técnica” e “reformas e reparos” (Foto: Freepik)}

Mas como as empresas podem aproveitar os aplicativos para obter um melhor resultado em seus negócios? A analista do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Ismael Bastos, explica que o mercado tem se reinventado para chegar cada vez mais perto de seus consumidores. 

“Com esse distanciamento atual, os donos de empresas e serviços, que é um dos setores que mais está sofrendo nessa pandemia, perceberam que precisariam estar também na internet. Se antes íamos ao Google em busca de um contato de serviço, hoje as empresas precisam mostrar um pouco mais, como ter seu próprio site, e estar em um lugar de fazer negócios é mais interessante, onde ele pode encontrar consumidores facilmente. Com esse distanciamento conseguiu-se evoluir muito no digital, mas é preciso ter alguns cuidados”, conta.

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Para o analista, contratar serviços por aplicativos tende a ser a nova modalidade da atualidade. Além disso, as empresas e profissionais terão a oportunidade de utilizar a internet para mostrar serviços já realizados e o leque de atividades que eles oferecem. “Se a pessoa quer fazer apenas um reparo em casa, mas ao visitar o site ela se depara com outros serviços disponibilizados, ela acaba realizando outros reparos. Por isso, ter esse mix de serviços à disposição em um site ou plataforma no digital pode dar mais opções de atendimento”, frisa.

Ismael Bastos enfatiza que se o profissional ou empresa está oferecendo seu serviço em aplicativo ou internet ele deve fortalecer sua marca. Para isso, é preciso dispor de mídias, como fotos e vídeos de qualidade, além de pontuar os serviços prestados, bem como uma imagem visual atrativa, como uma logomarca que fixe e fidelize o cliente. 

“O serviço também tem que ser muito bom, com atendimento personalizado. A empresa precisa designar uma pessoa para fazer esse tratamento com os clientes. Todos esses cuidados fazem a diferença na hora de entrar no mundo online, pois os clientes estão cada vez mais exigentes”, acrescenta Ismael Bastos. 

O analista reforça que as empresas já deveriam vir se planejando para entrar no meio online há alguns anos e não fazer isso apenas agora, devido à pandemia. Ismael Bastos pontua também que se as empresas estivessem preparadas, possivelmente elas não teriam sido tão afetadas com as medidas aplicadas pelo poder público, municipal e estadual, para evitar a disseminação do Covid-19.

“Se as empresa estivessem se preparado há dois ou três anos, talvez elas não sofressem tanto hoje em dia. Se elas estivessem posicionadas com uma loja virtual interessante, com um marketplace e utilizando as ferramentas como Facebook, Instagram e WhatsApp business. Tudo isso faz parte de um conjunto que as empresas precisam buscar no digital. Esse processo de ir para o digital não é simples, mas estamos aprendendo muito nos últimos dois meses”, conclui Ismael Bastos.  

Por: Isabela Lopes