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No Piauí, mais de 1.600 novas empresas foram abertas em junho

Somente em junho, 1.246 MEI foram registrados no Estado e 399 na Junta Comercial

10/07/2020 09:40

Segundo a Junta Comercial do Estado do Piauí (Jucepi), somente no mês de junho foram aberturas 399 novas empresas registradas junto ao órgão. Já a quantidade de  Microempreendedor Individual (MEI) e Pessoa Jurídica, registrados no Portal do Empreendedor, foi ainda maior, 1.246 novas empresas. Ao todo, somente em junho, foram criadas 1.645 novas empresas. Ainda com relação aos MEI, observa-se que os números são maiores do que os registrados em meses anteriores. O mês de maio, por exemplo, encerrou com 798 novas empresas, 448 a menos do que junho.

Quando comparamos os meses de maio (835) e junho (832) de 2019, observamos que o crescimento foi maior este ano, mesmo com a pandemia do coronavírus. De acordo com Jucepi, em maio de 2019 foi registrada a abertura de 533 novas empresas, e no mês de junho foram 456 em 2019. Em 2020, o estado acumula 2.225 novas empresas.

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O MEI se tornou a maior porta de entrada para o empreendedorismo no Brasil, como integrante dos pequenos negócios, que representam 30% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional. De acordo com o Serviço de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae), em abril deste ano, mesmo durante a crise, o país atingiu o número de 10 milhões de MEI, dando oportunidade a esses empreendedores de formalização e acesso a direitos, como aposentadoria e benefícios como auxílio-doença e auxílio-maternidade.

(Foto: Arquivo/ODIA)

O auxílio emergencial, pago pelo Governo Federal desde maio para conter os prejuízos causados pela pandemia do coronavírus, beneficiou mais de 4,2 milhões de microempreendedores individuais (MEI). No dia 30 de junho, o Ministério da Economia anunciou auxílio emergencial de R$ 600 para trabalhadores informais, autônomos e sem renda fixa, com condições de trabalhadores informais, MEI ou contribuintes da Previdência Sociais.

De acordo com estimativa do Sebrae, a medida deve beneficiar cerca de 3,6 milhões de MEI. O governo prevê que a iniciativa para redução dos impactos da crise do coronavírus mobilize R$ 98 bilhões. A medida deve durar, a princípio, três meses, mas poderá ser prorrogada. O valor poderá ser acumulado por até dois membros de uma mesma família, chegando a R$ 1.200. 

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Mais do que positivo, esse esforço é fundamental para que milhares de informais e MEI atravessem o período de crise. O Sebrae tem orientado e dado dicas de gestão para que esses empreendedores se reinventem neste período de isolamento social, garantindo o reforço do caixa e a sobrevivência dos negócios.

Como ser um empreendedor de sucesso

O analista do Sebrae no Piauí, Ismael Bastos, deu algumas dicas de como ser um bom empreendedor, mesmo durante esta crise causada pelo novo coronavírus. O especialista comenta que a Organização das Nações Unidas (ONU) apresentou um estudo onde foram identificadas as dez características de um empreendedor de sucesso, que são: oportunidades e iniciativas; persistência; correr riscos calculados; exigência de qualidade e eficiência; comprometimento; busca de informações; estabelecimento de metas; planejamento e monitoramento sistemático; persuasão e rede de contatos; independência e autoconfiança.

“Nesse momento, mais do que nunca, o empreendedor precisa colocar em práticas as características do empreendedor de sucesso. Desde março nessa economia está prejudicada, com empresas fechadas, e como o empreender pode colocar em práticas essas características do empreendedor de sucesso? Correndo risco calculado, por exemplo, onde ele precisa investir, mas calcular o risco nesse momento em que as pessoas estão nessa retração de consumo e as empresas estão com as margens mais apertadas”, comenta.

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Ismael Bastos ainda enfatiza que, ao buscar esses comportamentos, o empresário precisa identificar qual seu modelo de negócio e o melhor lugar para ele fazer mercado baseado no produto que está ofertando, como as redes sociais, WhatsApp Business, Instagram, promoções, entre outras modalidades. 

“Nos últimos três meses aceleramos essa transformação digital e estamos aprendendo muito com isso. Inclusive, muitas empresas foram obrigadas a serem digital. Quando essa empresa vai para a internet, ela precisa estar antenada ao que está acontecendo”, destaca.

O analista do Sebrae acrescenta que, outra forma de consumo que está mudando é o relacionamento loja para com o consumidor. Ismael Bastos frisa que o empreendedor precisa ter uma pessoalidade no atendimento para fidelizar ainda mais esse consumidor. Além disso, precisa ensinar outras formas de consumo para esse cliente.

“Os empreendedores precisam se reinventar, pensar em mix de produtos, usar o tempo ocioso para fazer novos produtos. Quanto mais ele conseguir faturamento em outros horários, já vai complementar a própria atividade que ele já tinha”, completa.

Por: Isabela Lopes
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