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Paralisação retira policiais das ruas do Centro de Teresina

Com o início das festividades de fim de ano, o comércio fica aquecido e a criminalidade aumenta.

30/11/2015 10:40

Com a paralisação dos policiais militares do Piauí, o Centro de Teresina está sem policiamento. No mês de dezembro o fluxo na região tende a crescer por conta das festividades de fim de ano. O Comando da Polícia Militar anunciou no último sábado (28) que iria reforçar o policiamento ostensivo com mais 300 policiais, além dos 400 que já fazem o trabalho durante o ano inteiro.

Mas, nas zonas comerciais da Capital não se vê estes policiais. Com o comércio aquecido, os pequenos crimes, como roubo e furto, são mais frequentes nestas regiões. Desde a noite de sábado, os militares deram início ao movimento ‘Polícia Legal’, retirando as viaturas das ruas e impedindo os policiais de saírem dos quartéis.

As Associações Unidas dos militares estão participando de uma audiência no Ministério Público na manhã desta segunda-feira (30). O objetivo é discutir as reinvindicações feitas pelos policiais e bombeiros militares e as condições de trabalho das categorias


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De acordo com o Tenente Flaubert, um dos organizadores do movimento, a maioria dos militares aderiu à paralisação. “Aqui em Teresina quase todos os quarteis pararam. Em Parnaíba, Campo Maior, Piripiri, Água Branca, São Raimundo Nonato a adesão foi de 100%. Não podemos aceitar essa situação. Vamos abrir um inquérito e é preciso ser investigado e os culpados serem presos”, disse o Tenente sobre as irregularidades em viaturas.

Para o Secretario de Segurança, Fábio Abreu, a paralisação não interferiu no atendimento à população. “Diferente do que está sendo divulgado, 22 viaturas circularam em Teresina ontem para atender as ocorrências. A sociedade não vai ficar desassistida”.

Ontem, Fábio Abreu anunciou que vai pedir ajuda externa do Exército e da Força Nacional. “Já pedimos o acréscimo do policiamento da Força Nacional, prevendo uma possível paralisação total”, disse o Secretário, que afirmou ainda que vai tentar resolver, com diálogo, a situação dos militares o mais rápido possível.

De acordo com a assessoria da Polícia Militar, todas as ocorrências registradas foram atendidas desde o início do movimento. Major Jonh, assessor da PM, reiterou ainda que o Comando não vai se posicionar sobre o ‘Polícia Legal’.

Além das irregularidades, o Tenente, que faz parte do Corpo de Bombeiros do Estado, denuncia também o desvio de função na categoria. “No Corpo de Bombeiros, os militares que são públicos e eram para estar à disposição da sociedade, trabalham para a Infraero, no aeroporto. Isso não pode”, ressaltou.

De acordo com o militar, a prestação de serviços para empresas só é possível quando há sobra de servidores, o que não ocorre no Piauí. O Estado possui uma das menores frotas do país com 320 bombeiros, destes 80 estão à disposição da Infraero. O número ideal de servidores para atender o Piauí é de 2.586.

Edição: Nayara Felizardo
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