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"œEmpresário tem R$ 1,05 de prejuízo em cada passageiro", diz advogada do Setut

Esse é um dos argumentos apresentados pela advogada do Setut, Naiara Moraes, para justificar a necessidade da Prefeitura de Teresina dialogar com o setor

21/05/2021 16:20

Os empresários que operam o sistema do transporte coletivo de Teresina alegam que a cada passageiro transportado nos ônibus há um prejuízo de R$ 1,05. Isso porque um estudo técnico realizado pelo Sindicato das Empresas de Transporte Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) aponta que o preço ideal do bilhete deveria ser de R$ 5,05 para cobrir os custos da operação.


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Esse é um dos argumentos apresentados pela advogada do Setut, Naiara Moraes, para justificar a necessidade da Prefeitura de Teresina dialogar com o setor. Somado a isso, os empresários cobram o subsídio referente as gratuidades. 

“O transporte envolve o interesse público, mas ele é pensado desde o início em se subsidiado. Hoje, os empresários vivem um custo de tarifa técnica de R$ 5,05 e uma tarifa controlada de R$ 4,00. Além da questão da gratuidade, para cada pessoa que está no transporte os empresários já tem 1,05 de diferença e que não estão conseguindo compensar”, declarou Naiara durante entrevista ao jornal O Dia News, da O Dia Tv.

Foto: Jailson Soares / O Dia

A advogada pontuou que o Setut ainda não foi convocado para ser ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurado pela Câmara Municipal de Vereadores e que o Sindicato espera ser chamado para esclarecer os pontos questionados. Até o momento, apenas os empresários estão sendo convocado de forma individual. Naiara Moraes antecipa que o Setut defenderá uma reavaliação das cláusulas contratuais através de um, diálogo com a gestão municipal, mas é contrário ao fim do contrato que possui validade de 15 anos. 

“Há uma dificuldade efetiva de diálogo e repasses financeiros por parte do município. Mas mesmo assim acreditamos que é importante não vivenciarmos uma rescisão desse contrato. Uma rescisão sem o planejamento administrativo pode regredir a um momento que Teresina já viveu que foi passar mais de 30 anos sem ter licitação na área do transporte coletivo”, disse a advogada. “É preciso manter o contrato, atualizar a política de mobilidade. Não somos contra avaliar melhorias”, acrescentou. 

A representante do Setut afirmou que o problema dos empresários seria amenizado caso a Prefeitura de Teresina realizasse o pagamento dos valores atrasados e que foram pactuados em acordos judiciais, mesmo que continuasse sem repassar o valor mensal dos subsídios.

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