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Violência Contra mulher: "subnotificação é maior que denúncias", diz Comandante

Há um ano a Patrulha Maria da Penha vem assistindo mulheres em situações de violência e observa que as vítimas têm medo denunciar.

08/03/2021 12:28

Os indices de violência doméstica continuam crescendo no Piauí, mas segundo a Capitã Leoneide Rocha, comandante da Patrulha Maria da Penha, ainda há muitas mulheres que ainda não se sentem seguras e protegidas para denunciar os companheiros.


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"A subnotificação é maior que o número de casos denunciados, porque tem mulher que tem medo de denunciar seu agressor", explica a Comandante.

Para tentar encorajar as mulheres a saírem do ciclo de violência, a patrulha Maria da Penha foi instituída dentro da estrutura da Polícia Militar do Piauí (PM-PI) há um ano, e vem acompanhando mulheres que precisam de medidas protetivas de urgência, onde as elas saem do papel de vítima e passam ser assitistidas. Além disso, a patrulha encaminha as mulheres para outros órgãos que vão contribuir para o fim da violência doméstica.

Desta forma, as mulheres que sofrem agressões, inicialmente, precisam fazer o registro do Boletim de Ocorrência e caso essa mulher não queira representar criminalmente esse autor, ela pode solicitar a medida protetiva de urgência. Após a solicitação, o pedido é encaminhado para a justiça e se o juiz decide pela medida protetiva, a mulher e autor são informados.

(Foto: Agência Brasil)

 "Assim as mulheres recebem visitas solidárias da equipe que vão verificar se a medida está sendo cumprida, nós preenchemos um relatório que é encaminhado ao tribunal de justiça que toma as providências, caso seja de descumprido, a justiça pode decretar a prisão preventiva desse autor e em situação de flagrante o autor é preso pela Patrulha", afirma Capitã Leoneide Rocha.

Dependência econômica 

"Infelizmente ainda lutamos contra o machismo, que é estrutural. Seja na rua, no trânsito e infelizmente nas instituições, mas a mulher a cada dia vem conquistando espaços e mostrando que não está para medir forças ou querer ser igual aos homens, mas sim, ter os mesmos direitos que eles", diz Capitã Leoneide Rocha.

A comandante lembra ainda que um dos resultados dessa estrutura, é questão que a mulher em situação de violência doméstica tem a ideia de que não vai conseguir manter os filhos, sem a ajuda do marido. 

"Mas no Piauí existe uma rede de apoio para que a mulher consiga uma independência financeira. A mulher precisa de encorajar e acreditar nela mesma, porque o que acontece é que violência psicológica que vítima passa, faz com que ela acredite que é incapaz de viver sozinha", finaliza.

Para denunciar qualquer caso de violência contra mulher entre em contato com 190 ou através do número (86) 994148-8157.

Fonte: Com informações de Tony Silva da O Dia TV
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