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Sesapi investiga 7 casos de sarampo e rubéola no Estado

Os casos notificados são em Campo Maior, Picos, Piripiri, São João do Arraial, Parnaíba e Teresina.

24/09/2020 11:09

A procura por vacinação vem diminuindo gradativamente nos últimos anos em todo país, e o resultado é que doenças que já haviam sido erradicada voltaram a infectar os brasileiros. Atualmente, a Secretária de Estado da Saúde do Piauí (SESAPI) investiga 7 casos de doenças virais, entre elas o sarampo e a rubéola. 


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Desse total, existem casos notificados em Campo Maior, Picos, Piripiri, São João do Arraial e Teresina, sendo um caso suspeito de sarampo em cada município, totalizando 5 possíveis infectados no Estado. Já quanto à rubéola, os pacientes são de Teresina (1) e Parnaíba (1).

Vale lembra que no Estado a campanha de vacinação contra o sarampo já foi adiada pelo menos quatro vezes, e que mesmo em meio a pandemia é possível manter a caderneta de vacina em dias. "O Piauí, a exemplo do que está acontecendo no Brasil, está sofrendo com os índices de vacinação em queda. Temos um índice baixíssimo. É claro que tivemos uma mudança de sistema de informação, mas isso não é uma desculpa para nos mostrar que somente 8% da população está imunizada. Então nós temos que correr atrás desse prejuízo", afirma superintendente de Atenção Primária à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), Herlon Guimarães.

De acordo com o médico, estes baixos índices resultaram em um grande prejuízo para o país em 2019, que foi perda do certificado de erradicação contra o sarampo. Ao longo dos últimos 6 anos o sistema de saúde pública não conseguiu cumprir a meta de vacinação, e isso ocorreu por três fatores.

"Temos fronteira com países onde o sarampo é uma doença endêmica e essas pessoas ao vir para o Brasil, infectaram os brasileiros que não tinham imunidade e a doença se alastrou. [Segundo], em 2018, em todos os meses teve casos de sarampo no país [e por último] nos vivemos um mundo que temos uma grande influencia das mídias sociais, e nós observamos correntes anti-vacina, o Brasil nunca deveria dar ouvir a essas correntes", lamenta Herlon Guimarães. 


Sesapi investiga 7 casos de sarampo e rubéola no Estado. Foto: FMS

O superintendente ressalta ainda que se os brasileiros lembrassem como era o Brasil nas décadas de 60 70, com mortalidade infantil absurda causa por diarreia, números altos de poliomielite e coqueluche, não existiam este tipo de campanha contra a prevenção de doenças que podem ser letais. 

" O sistema de vigilância em saúde implantado na década de 70 nos fez gradualmente sair desses índices ruins e ganhar certificados. Vacina é prevenir e nós não podemos cair na rede de desinformação. Temos uma população jovem que não viveu esses períodos e estes vêm dando menos importância a prevenção. Peço que levem suas crianças para completar seu esquema vacinal, as vacinas estão nos postos de saúde, cada vez mais próximo da sua casa. Agende seu atendimento e faça esse ato de civilidade e responsabilidade para que a gente possa melhorar os índices de saúde pública do nosso Estado", finaliza.

Por: Sandy Swamy
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