Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Operação Acesso Negado: Servidor do TJPI e advogado são investigados pela PF

A operação apura tentativa de vazamento de informações acerca da Operação Delivery.

16/12/2020 08:40

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (16), a segunda fase da Operação Acesso Negado, denominada Epifania, que tem como objetivo apurar a tentativa de vazamento de informações acerca da Operação Delivery, que investigou fraudes nas compras de livros pela Prefeitura de União. Segundo a PF, nesta fase, um servidor público da Justiça Estadual do Piauí e um advogado estão sendo investigados por suspeita de tentarem interferir nas investigações policiais. 


Leia mais sobre o caso:

A investigação teve início após suspeita de que advogados e investigados da Operação Delivery teriam tentado acessar indevidamente informações sigilosas relacionadas aos fatos investigados. 

Ação da PF durante a operação Delivery. Foto: Divulgação/Polícia Federal

De acordo com a PF, foram identificados indícios razoáveis de que um servidor da Justiça Estadual do Piauí teria realizado acesso indevido a sistemas da Justiça Estadual do Piauí no intuito de informar a advogados acerca de expedição de mandados de busca e apreensão e prisão preventiva decorrente de investigações policiais. 

O inquérito policial aponta ainda que este servidor recebeu vantagem indevida no intuito de satisfazer interesse do advogado investigado. 

Nesta fase da investigação estão sendo cumpridos três mandados de busca e apreensão nas cidades de Teresina e Matias Olímpio, expedidos pela Justiça Federal de Teresina. 

O objetivo do cumprimento das medidas judiciais é colher elementos de prova que ratifiquem a tese de que advogados tiveram acesso a informações sigilosas referentes a Operação Delivery, dentre outros casos, após pagamento de vantagem indevida a servidor da Justiça Estadual do Piauí.

Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa/passiva, violação do sigilo funcional e embaraço a investigação que envolve organização criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 22 anos de reclusão. 


Por: Nathalia Amaral, com informações da PF.
Mais sobre: