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Jornalista é preso em operação da Polícia Federal em Teresina

Polícia apura supostas tentativas de interferência em um inquérito que apura desvios de recursos do FUNDEB no município de União.

18/08/2020 07:23

Atualizada às 09h18min

O principal alvo da Operação Acesso Negado, deflagrada nesta terça-feira (18) pela Polícia Federal, é um jornalista aqui de Teresina. A polícia está cumprindo seis mandados judiciais, sendo um de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão em endereços da capital e Monsenhor Gil, onde o jornalista alvo da ação possui um sítio. A ação da PF visa investigar suposto repasse de informações sigilosas a respeito de um processo judicial que corre no âmbito de outra operação, deflagrada em maio passado.

Iniciada às 7h34min 

A Polícia Federal deflagrou nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (18) a Operação Acesso Negado, para investigar atos ilegais de intervenção e interferência nas investigações de uma outra ação que apura supostos desvios de recursos públicos do FUNDEB (Fundo de Desenvolvimento do Ensino Básico) destinados ao município piauiense de União.

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Esta investigação de prováveis irregularidades com os recursos do Fundo é a Operação Delivery, que aconteceu em maio deste ano quando a Controladoria Geral da União (CGU) identificou um desvio de R$ 541 mil no setor da Educação em União.


Foto: Divulgação/Polícia Federal

Por meio de nota, a Polícia Federal informou que no curso da Operação Delivery, foram identificados atos ilegais relacionados a encontros entre agentes públicos no intuito de obter informações de um processo que corre em segredo de Justiça, além de convergência e manipulação de versões dos fatos, e atos intimidatórios com o objetivo de frustrar a investigação policial.


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Para a Operação Acesso Negado, que foi deflagrada hoje (18), a Polícia Federal está mobilizando 20 agentes para cumprir um mandado de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão em Teresina e Monsenhor Gil. As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça Federal aqui da Capital. O objetivo da ação, segundo a polícia, é colher elementos materiais que identifiquem os responsáveis por fornecer indevidamente as informações de caráter sigiloso sobre a Operação Delivery.


Foto: Divulgação/Polícia Federal

Os investigados poderão responder pelos crimes de embaraço a investigação praticado por organização criminosa, cuja pena pode chegar a oito anos de reclusão.

A reportagem está tentando contato com a Prefeitura de União para se manifestar sobre a ação da Polícia Federal, mas ainda não obteve retorno.

Por: Maria Clara Estrêla, com informações da Polícia Federal
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