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Morte de detentos em Altos: Sejus apura contaminação da água da cadeia

Exames realizados nos detentos confirmaram leptospirose, doença causada por bactérias presentes em coliformes fecais de ratos, e hepatite A, que também pode ser provocada por água contaminada

26/05/2020 16:48

A Secretaria de Estado de Justiça (Sejus) abriu um procedimento administrativo para apurar os problemas apresentados no abastecimento de água da Cadeia Pública de Altos, onde cinco presos morreram com suspeita de leptospirose e outros 35 seguem internados com sintomas graves da doença.

De acordo com o secretário de Justiça do Piauí, Carlos Edilson, durante entrevista ao O Dia News desta terça-feira (26),  exames preliminares confirmaram a presença de coliformes fecais na água fornecida na CPA. Ele explicou que está sendo realizado um tratamento químico e novas amostras devem ser analisadas.

“Abrimos um procedimento para fazer uma investigação. Recebemos um relatório feito pela Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde que fez teste em uma amostra da água. No momento do teste a água apresentava uma bactéria e coliformes fecais. Ou seja, naquele momento estaria imprópria para o consumo”, afirmou.

Secretário de Justiça do Piauí, Carlos Edilson (Foto: O Dia)

“Diante do recebimento desse relatório, imediatamente procuramos um engenheiro químico que aplicou na água um dosador de cloro e está sendo feito o tratamento dessa água. Foi realizado um novo teste, e enquanto isso detentos e agentes estão consumindo água mineral”, disse.


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Carlos Edilson revelou ainda que exames realizados nos detentos confirmaram leptospirose, doença causada por bactérias presentes em coliformes fecais de ratos, e hepatite A, que também pode ser provocada por água contaminada.

“Estamos fazendo a coleta de exames em presos que apresentam alguns sintomas e nos demais. Alguns já deram positivo para leptospirose e outros apresentaram resultado positivo para hepatite A. Estamos realizando uma triagem com nossa equipe de saúde, com equipes da Secretaria de Saúde e observando todos os reeducandos”, disse o secretário.

Ele esclareceu que os detentos que apresentam sintomas são atendidos em enfermarias montadas dentro da própria unidade prisional. Já os casos mais graves, que precisam de maior acompanhamento médico, são transferidos para hospitais de Teresina. 

Por: Otávio Neto
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