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Em um dia, Semar recolhe cerca de 100 Kg de óleo das praias

Segundo o relatório de monitoramento do órgão, as manchas têm de 2 cm a 1,4 metros e apareceram em pelo menos três praias do litoral.

24/10/2019 07:43

A Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar), em parceria com a Capitania dos Portos do Piauí, segue fazendo o monitoramento das manchas de óleo que vêm aparecendo ao longo dos 66 Km do litoral piauiense nas últimas semanas. Entre os dias 16 e 17 deste mês, foram recolhidos das praias aproximadamente 100 Kg de resíduos oleosos na forma de óleo bruto e resíduos contaminados. 


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Até o momento, 16 localidades no Piauí já foram visitadas pelas equipes da Semar. São elas: Pontal, Pedra do Sal, Canto do Vieira, Atalaia, Barro Preto, Peito de Moça, Coqueiro, Itaqui, Arrombado, Carnaubinha, Maramar, Macapá, Barra Grande, Barrinha, Sardim e Cajueiro da Praia. Foram encontradas manchas de óleo somente nas praias de Pedra do Sal, Peito de Moça e Coqueiro, com tamanhos que variam de dois centímetros a 1,4 metros. 


Foto: Capitania dos Portos do Piauí

Vale lembrar que apesar da presença do óleo, a Semar ainda não viu necessidade de interditar estas praias.

De acordo com o relatório de monitoramento da Semar, as manchas encontradas não apresentavam aspecto de óleo fresco, sugerindo que estavam depositados naqueles locais há um certo tempo. O óleo estava disposto em sedimentos arenosos, rochas, resíduos sólidos como plásticos, cordas e pedaços de madeira, e em alguns exemplares de capim agulha, algas e conchas. 


Os resíduos recolhidos até agora foram acondicionados em sacos e depositados em recipientes plásticos, permanecendo sob guarda dos órgãos ambientais.

Apesar do Piauí ser o estado da região Nordeste menos afetado pelas manchas e óleo, a Semar está treinando equipes para a coleta e armazenamento adequado das substâncias. As ações estão sendo realizadas em Ilha Grande, Cajueiro da Praia, Parnaíba e Luís Correia, em parceria com as respectivas prefeituras destes municípios.


Foto: Capitania dos Portos do Piauí

“O treinamento tem sido intenso. Nele trabalhamos desde os aspectos da coleta até o acondicionamento de substâncias oleosas, destacando sempre a importância do uso de equipamento de segurança”, explica Waneska Vasconcelos, auditora fiscal ambiental da Semar.

O órgão informou que ainda não foi possível dimensionar os impactos ambientais na fauna e flora marinha, porque é necessário a realização de estudos mais aprofundados.

Por: Maria Clara Estrêla
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