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Covid-19: Piauí deve chegar a 200 pessoas na fila de espera por leitos

O alerta foi apresentado durante a reunião do Comitê de Operações Emergenciais (COE) Ampliado na tarde desse sábado (21)

21/03/2021 09:23

A fila de espera por uma vaga de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ou leito clínico por pacientes da Covid-19 apresentou um crescimento de 12 vezes desde o início do mês de março no Piauí. O aumento deve continuar pelas próximas semanas e nos hospitais da capital e do interior. A expectativa é de que a fila alcance 200 pessoas nessa semana.


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O alerta foi apresentado pela coordenadora da Central de Regulação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), Luciane Formiga, durante a reunião do Comitê de Operações Emergenciais (COE) Ampliado na tarde desse sábado (21) que definiu a prorrogação das medidas restritivas contra o novo coronavírus por mais uma semana em todo o estado .

Luciane apresentou que no primeiro dia do mês de março eram 12 pacientes. Dezessete dias depois, a fila já tinha 132 pacientes em estado grave aguardando vagas nos hospitais. Na última sexta-feira (19), já eram 162 pessoas. 

“Por mais que se amplie leitos, não temos insumos, equipes e equipamentos que deem conta de uma demanda desta, que cresceu mais de 12 vezes. Não temos como ampliar a rede nesta mesma proporção. É impossível. São pacientes graves que dependem de um alto fluxo de oxigênio”, disse Luciane. 

Foto: Ccom

O governador Wellington Dias reforçou que mesmo que haja ampliação de leitos, faltam profissionais, insumos e alertou para a necessidade de ampliação do estoque de medicamentos usados no tratamento de pacientes com o novo coronavírus. 

“Não há pessoal. Não há profissionais. Só é possível abrir leitos onde há profissionais. Nas unidades onde havia dez leitos (de UTI), ampliamos para 20. Eu chamo atenção e é importante alertar aquelas pessoas que pensam que a saída é mais leitos. Essa saída não existe nem no aqui, nem em qualquer lugar do Brasil. Em dado momento, a gente até poderia abrir uma chamada e vinham profissionais de outros estados. Agora, nem isso mais, porque esgotou geral. É um drama que queria destacar”, pontuou. 

“Nos hospitais, temos estoque destes medicamentos para dez dias e, no depósito, para outros dez. Porém, estamos agilizando um sistema de compra e tivemos uma agenda ontem (19) com a equipe técnica do ministério para garantir a compra. Fizemos contato com os fornecedores, que são produtores diretos, credenciados no Ministério da Saúde e prometeram nos fornecer para sairmos dessa linha de risco”, disse o governador. 

O secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto, concluiu que a saída é a diminuição da transmissibilidade que que o sistema de saúde dê conta da demanda. “A gente não tem condição de dizer que vai existir novos leitos. Os leitos que estão surgindo são da extrema capacidade dos nossos diretores. Precisamos ter o corte da transmissão. O caminho é o da ciência para cortar a transmissibilidade”, afirmou. 

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