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Covid-19: Segunda onda deve permanecer durante quatro meses no PI

A constatação foi feita após análise dos números da Covid-19 no estado e o comportamento da população.

19/03/2021 16:55

A segunda onda da pandemia do novo coronavírus deve permanecer em alta no Piauí pelos próximos quatro meses, defende o professor da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e especialista em biomatemática, Jeferson Leite. A constatação foi feita após análise dos números da Covid-19 no estado e o comportamento da população.

Em entrevista ao O Dia News desta sexta-feira (19), Jeferson explicou que a segunda onda já era prevista pelo estudo. Agora, as observações apontam que ela pode ser mais grave que a primeira e demorar muito mais tempo para apresentar diminuição. O número de mortes deve chegar a 35 diariamente. 


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“Essa segunda onda já chegou. Porém, no momento que você nega a existência dela e deixa de lado os protocolos, essa segunda onda vai ganhando força. Os modelos já mostram que a quantidade de casos confirmados é muito parecido com a primeira, mas os casos de internações estão muito maiores”, disse. 

“Se não fizemos nada no sentido de frear esses números, certamente, teremos um aumento muito grande de casos confirmados. Essa onda naturalmente vai desde, o problema é descer depois de um platô que demora quatro, cinco meses, que é o que pode acontecer”, completou o professor. 

Foto: Assis Fernandes / O Dia 

Jeferson Leite pontuou que o comportamento da população foi fundamental para a nova onda da Covid-19. “Sabíamos que teria a segunda. A pergunta era: quando ela viria. A partir do entendimento de como a sociedade deveria se comportar até termos vacina, chegamos a estimativa de que erra muito provável que as aglomerações da eleição, festas de fim de ano e Carnaval que no final de fevereiro começássemos uma segunda onda”, disse. 

Para ele, a falta de hospitais de campanha e a diminuição na testagem contribuíram para a situação que o estado passa atualmente. Jeferson comentou ainda que outras ondas do novo coronavírus irão ocorrer mesmo com a vacinação da população. 

“Temos como exemplo o H1N1, que é um vírus que está conosco desde 2009 e mesmo com vacina, todo tempo tem novas ondas. Certamente, teremos várias ondas com o passar do tempo. A ideia é que, com a vacina, tenhamos ondas mais baixas”, pontuou. 

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