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Polícia encontra sangue em casa e faca usada para matar cabeleireira

Atualizada às 16h48

Durante perícia realizada na residência do principal suspeito de assassinar a cabeleireira Aretha Claro, a Polícia Civil encontrou vestígios de sangue, uma carta deixada pelo suspeito, identificado como Paulo Alves dos Santos Neto, e uma faca que seria possivelmente a arma do crime. Pelos vestígios deixados pelo ex-companheiro da vítima, a Polícia não tem dúvidas de que o caso se trata de um crime de feminicídio. 


Casa onde suspeito morou com a vítima por alguns meses seria o local do crime. Polícia encontrou uma sangue em vários cômodos do imóvel, que era alugado (Foto: Cícero Portela / O DIA)


De acordo com a delegada Luana Alves, titular do Núcleo de Feminicídios do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a residência foi encontrada completamente desorganizada e com vestígios de sangue na sala, no terraço e em outros cômodos. "Foi encontrado muito sangue, tanto na sala, como em outros cômodos, fora da casa, no terraço, nas paredes. Dentro do carro também encontramos sangue, o que aponta que foi o carro que deixou o corpo na Avenida Maranhão", afirma a delegada.

Imóvel onde crime teria ocorrido fica no bairro Parque Poti, na zona sudeste de Teresina (Foto: Jailson Soares / O DIA)

A faca encontrada dentro do carro foi recolhida pela Polícia Civil e passará por perícia para comprovar se foi, de fato, a arma utilizada no crime. "O suspeito é o autor do crime. Vimos no celular fotos que ele tirou depois do término do relacionamento. A casa está completamente suja de sangue, o carro dele também, está tudo esclarecido", confirma a delegada Luana Alves (veja o vídeo com a entrevista da delegada).

Para a delegada, o crime foi premeditado. "O feminicídio normalmente é premeditado, o autor tem uma motivação violenta e não estava conformado com o fim do relacionamento. Ele já deixava claro que não deixava aquela mulher viva se não fosse com ele", explica.

Segundo o delegado Jarbas Lima, na carta, o ex-companheiro de Aretha pede que cuidem do seu cachorro, que ficou na casa, e se refere a uma amiga da vítima com palavras de baixo calão. Outros conteúdos contidos na carta não foram divulgados pela Polícia. 

Paulo Alves dos Santos Neto ainda não foi encontrado e está sendo procurado por equipes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Delegada Luana Alves, titular da Delegacia de Feminicídios (Foto: Jailson Soares / O DIA)

A perícia realizou a coleta de indícios tanto na casa quanto no veículo que estava na garagem do imóvel. "Nesse momento ainda estão sendo feitas as verificações. O que se tem é que esse carro era usado por ele no trabalho", afirmou o delegado Robert Lavor, que também esteve no local do crime.


Matéria original


Aretha foi morta pelo ex-namorado. (Foto: Arquivo Pessoal)


A Polícia Civil iniciou, na tarde desta quarta-feira (16), a perícia na casa de um homem apontado como o principal suspeito de ter assassinado a cabeleireira Aretha Claro, cujo corpo foi encontrado na madrugada de ontem (15) na avenida Maranhão, zona Sul de Teresina. O suspeito morava em uma residência no Parque Poti, na região do Grande Dirceu, mas ainda não foi encontrado pela Polícia.

A suspeita é de que o inquilino, identificado pelo proprietário da residência apenas como Paulo, tenha algum envolvimento com a morte da cabeleireira. Segundo informações de vizinhos, os dois mantinham um relacionamento amoroso e haviam se mudado para o endereço em dezembro do ano passado, poucos dias antes do Natal.

As informações preliminares apontam que o ex-casal tinha constantes brigas. Por causa disso, a vítima teria saído de casa no mês de março e ido morar com familiares no bairro Saci. De acordo com o proprietário da casa, o inquilino devia o aluguel do mês de abril e prometeu que pagaria até o fim de semana. No entanto, o suspeito saiu de casa e não foi mais visto.

Um dos moradores conta que as brigas entre o ex-casal eram constantes. Segundo ele, era possível ouvir muitos gritos e xingamentos durante a madrugada, mas eles raramente eram vistos saindo de casa e eram "reservados".

O delegado Jarbas Lima também esteve no local do crime; ele revelou que suspeito deixou uma carta em que pede para que cuidem do seu cão e se refere a amiga de Aretha com palavras de baixo calão (Foto: Jailson Soares / O DIA)

O delegado Robert Lavor também esteve no local do crime (Foto: Jailson Soares / O DIA)