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Os familiares dos presos derrubaram os portões da Casa dos Albergados, que fica ao lado da Casa de Custódia, em revolta pela falta de informações. Membros da Comissão de Direitos Humanos da OAB se retiraram do presídio e foram conversa com essas pessoas pedindo calma e garantindo que não há feridos nem mortos dentro da unidade. A OAB integra a comissão formada também pelo MP, pela Defensoria Pública, Poder Judiciário e representantes dos presos. O grupo discute soluções para os problemas no sistema prisional e a volta das visitas e das audiências.
Fotos: Assis Fernandes/ODIA
Antes, familiares protestaram em frente à Casa de Custódia
O secretário de Justiça, Daniel Oliveira, informou que a Sejus está estudando, junto à Secretaria de Segurança, o reforço nas equipes especiais da PM que incluem BOPE, Rone e Tropa de Choque, bem como da Força Nacional que será utilizada, em caráter extraordinário, para conter os presos na Casa de Custódia. Alguns deles já conseguiam chegar ao pátio externo do presídio, área de uso exclusivo da polícia durante a rebelião.
"Nós estamos conversando inclusive com o Ministério da Justiça para ver que tipos de reforços podemos ter de modo a controlar a situação. É um trabalho que tem que ser feito todos os dias. O efetivo nos presídios já foi aumentado e nós estamos apresentando tudo isso aos agentes. Tentando estabelecer um diálogo com todos os envolvidos", diz o secretário Daniel Oliveira.
Atualizada ás 12h21min
O capitão Dênio Marinho, diretor do presídio, o promotor Elói Pereira, e o advogado Lucas Villa conversam com uma comissão formada por oito presos, sendo um representante de cada pavilhão de B a I da Casa de Custódia. Eles estão no interior da penitenciária e discutem sobre as reivindicações dos detentos que incluem a volta das visitas e das audiências, suspensas com a greve dos agentes, e uma solução para superlotação da unidade.
O secretário de Justiça, Daniel Oliveira, está reunido neste momento no Tribunal Regional Eleitoral com o desembargador Edvaldo Moura, o juiz José Vidal de Freitas e representantes do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sinpoljuspi) para discutir a situação da greve das rebeliões nos presídios em Teresina e Parnaíba.
Atualizada ás 14h08min
Familiares dos presos arremessaram pedras contra um carro que entrava na Casa de Custódia levando suplementos para dentro da unidade. Policiais do Rone saíram do presídio para tentar identificar quem foram os autores da ação. De acordo com o comandante do Rone, coronel Raimundo Sousa, isso se configura como ataque ao patrimônio público.
O coronel Sousa pediu que fosse formada uma comissão de familiares composta por quatro pessoas, para receber informações sobre os presos repassá-las aos parentes. Mais uma equipe do SAMU chegou à Casa de Custódia para atender a presos feridos.
Atualizada ás 13hs40min
Cinco detentos da Casa de Custódia deram entrada no HUT na manhã de hoje (16). Um deles apresenta estado grave e tinha um ferimento na cabeça. Os outros três encontram-se estáveis. De acordo com a Sejus, o que se encontra em estado grave teve que passar por uma cirurgia. Os demais apresentam ferimentos leves.
Os familiares dos presos tentaram parar as ambulâncias que saíam da Casa de Custódia para tentar saber quem eram os detentos que estavam dentro. Eles alegam falta de informações e chegaram a parar um ônibus que passava pela BR-316 em frente ao presídio obrigando todos os passageiros a descerem, ameaçando atear fogo no veículo.
Ao sair da Casa de Custódia, o juiz José Vidal Freitas, que conversou com os presos, informou que será instalada um comissão para estudar o caso das rebeliões e a situação dos presos na Casa de Custódia. A comissão será formada por membros do Ministério Público, da OAB, Poder Judiciário e representantes de cada um dos pavilhões da penitenciária.
O juiz Vidal Freitas se dirigiu, logo em seguida, para o Tribunal de Justiça do Piauí onde levou as reivindicações dos presos para o desembargador Raimundo Eufrásio. Dentre outras coisas, eles pedem a volta das visitas íntimas, visitas de familiares, a realização de audiências suspensas com a greve dos agentes penitenciários e uma solução para o problema da superlotação no presídio.
Atualizado às 10h51min
O titular da Vara de Execuções Penais, juiz José Vidal de Freitas, e o promotor de justiça Elói Pereira, juntamente com a OAB, entraram na Casa de Custódia para conversar com os presos e saber quais as reivindicações deles. Dentre as reclamações, estão a questão das visitas e das audiências que foram suspensas com a greve dos agentes penitenciários.
Atualizada às 10h25min
Revoltados com a situação e a falta de informações, parentes dos presos tentam derrubar o portão de entrada da Casa de Custódia. Homens do BOPE e da tropa de choque saíram do presídio para tentar controlar a situação. Eles entram em confronto com os familiares, junto com policiais militares e alguns agentes penitenciários. Os populares recuaram ao verem a tropa de choque se aproximando.
Atualizada às 09h50min
Segundo a Secretaria de Segurança, há dois presos feridos na rebelião, mas o estado deles não é considerado grave. Eles estão recebendo atendimento médico em ambulâncias do SAMU que se encontram dentro do presídio. A Sejus não informou a natureza dos ferimentos.
Além do SAMU, encontram-se na Casa de Custódia o BOPE, Força Tática, GATE e Bombeiros. A rebelião, segundo a Sejus, se estende a todos os pavilhões e as tropas estão entrando nas celas para conter a situação. Populares que estão do lado de fora do presídio relatam que ouvem vários tiros.
Uma viatura do Grupamento Tático Aéreo (GTAP) e três viaturas da cavalaria chegaram à Casa de Custódia para dar reforço na contenção dos presos.
Postada às 08h24min
Uma nova rebelião foi registrada na noite desta terça-feira (15) na Casa de Custódia, em Teresina. O tumulto começou após uma nova tentativa de fuga. Neste momento, a polícia militar se encontra na penitenciária tentando fazer o controle dos presos. O início da rebelião na casa de custódia foi simultânea a da Penitenciária Mista de Parnaíba.
De acordo com o vice-presidente do sindicato dos agentes penitenciários (Sinpoljuspi), Kleiton Holanda, os presos do pavilhão B simularam o tumulto por volta das 20h para auxiliar a fuga de presos de outros pavilhões. “Ele começaram a fazer barulho para encobrir a fuga de outros presos, mas a tentativa foi contida pelos policiais novamente e aí ficaram revoltados”, relatou.
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Segundo com o Coronel Sá Júnior, comandante de policiamento da capital, quatro pavilhões se rebelaram. “Estamos trabalhando para que isso acabe logo. Dos quatro pavilhões, um já conseguimos conter. Agora vamos tentar entrar em acordo com os demais”, disse o Coronel.
Os presos voltaram para o pátio da penitenciária após conseguirem se soltar das celas. Segundo o vice-presidente do Sinpoljuspi, os detentos não aceitam a aproximação da polícia e atiram pedaços de concretos contra os agentes.
Bombas de efeito moral estão sendo utilizadas na tentativa de controlar os detentos rebelados. Até o momento, não há informações sobre feridos ou se houve fuga durante a rebelião.
Edição: Nayara FelizardoPor: Ithyara Borges