Por conta da rebelião da Casa de Custódia, os membros da comissão de Prerrogativas da OAB e a Defensoria Pública estão sendo impedidos de adentrar no presídio. “Nós chegamos aqui por volta das 8h30min e passamos 20 minutos lá dentro. Depois tivemos que sair para ver a situação dos familiares se revoltando do lado de fora e agora não nos deixam mais entrar”, relata Marcos Vinícius, presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB-PI.

O advogado disse que, do tempo que passou no interior da Casa de Custódia, percebeu que a situação parecia ser de normalidade. No entanto, ele reitera que OAB não teve acessos aos pavilhões, então não poderia afirmar com certeza que tudo estaria controlado. Marcos Vinícius conta que foi informado pelo diretor do presídio que não havia mortes. “Isso nós não podemos afirmar com certeza. A situação é complicada. Nós não vimos pessoalmente como está lá dentro, então qualquer declaração é recebida com desconfiança”.

Os familiares do lado de fora dizem estranhar a situação e acreditam que, para a OAB e a Defensoria estarem sendo barrados, algo de muito grave deve estar acontecendo no interior do presídio e afirmam não acreditar que a situação esteja sendo controlada.

Para a OAB, apenas o diálogo e a verificação da real situação dos presos é que poderá ajudar no controle da rebelião. Caso a situação não seja resolvida no diálogo, o presidente da Comissão de Prerrogativas disse que vai entrar com um mandado de segurança para adentrar na Casa de Custódia.

Entenda o caso

Dede as quatro horas da madrugada de hoje, os presos da Casa de Custódia estão fazendo uma rebelião por conta de uma tentativa de fuga abortada por agentes penitenciários. Todos os detentos dos Pavilhões B, C, E, F, G, H e I iniciaram o motim arrancando grandes das celas e incendiando colchões nos corredores do presídio.

Do lado de fora, familiares e populares se revoltaram e fecharam a BR-316 em protesto por estarem sendo barrados na entrada da penitenciária. A medida de impedir as visitas aos presos faz parte da greve dos agentes deflagrada hoje em todo o Estado. O movimento teve sua ilegalidade decretada pela Justiça.

Por: Ithyara Borges (estagiária) e Maria Clara Estrêla