A educadora física Aryel Castelo Branco explica que sua família decidiu manter as reuniões de final de ano, como forma de manter os laços entre os familiares. “Tivemos um ano muito difícil para todos, e, graças a Deus, não perdemos ninguém. Este é um momento de nos fortalecermos e seguirmos em frente para enfrentarmos o ano que virá”, fala.

E para garantir que a ceia será segura, todos os familiares continuarão seguindo as mesmas recomendações de segurança já apresentadas pelos órgãos de saúde, como uso de máscara, álcool gel e higienização do espaço. “Não vamos deixar de disponibilizar álcool gel na mesa, não teremos mais aquela reunião maior em que todos os parentes eram convidados. Organizamos para que tenha menos aglomeração e vamos usar a máscara e tirá-la apenas na hora que formos nos alimentar”, explica Aryel Castelo Branco.

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Para a educadora física, o natal tem um significado especial, não somente para sua família, mas para toda a população, e, por isso, não poderia passar em branco. Ela lembra que os familiares tiveram um papel muito importante durante a pandemia e que os laços devem ser fortalecidos.

“O natal sempre foi sinônimo de união e mesmo nesse período em que o afastamento é ideal, as pessoas não podem deixar de se juntar. Isso reforça nossos laços, a nossa presença na vida um do outro e o nosso convívio em família. Tomando todos os cuidados, é um momento que não pode deixar de ser celebrado e que, de certa forma, ajuda a amenizar um pouco essa questão da falta que a família fez durante o tempo de distanciamento. Esse ano o significado do natal vai ser mais especial ainda, porque marca um reencontro com quem faz a gente bem e com quem é necessário, com quem sempre nos dá apoio para que a gente consiga enfrentar todos esses momentos de adversidade”, argumenta Aryel Castelo Branco.

Mesmo distante, familiares se reúnem para celebrar o natal

Se ficar longe da família não é nada fácil, imagine isso em meio a uma pandemia. A ausência dos familiares neste momento delicado que vivemos pode afetar muitas pessoas, especialmente aqueles que moram em outras cidades e estados. A estudante de medicina veterinária Juliana Brito Rodrigues (22) é natural de Balsas (MA), mas reside em Teresina desde 2015 e, pela primeira vez, passará o natal longe de casa.

“Sempre passei o natal com minha família, apesar de ano passado ter ficado o ano novo longe deles, e foi uma sensação muito esquisita. Por mais que a gente não comemore e não tenha a tradição de fazer ceia, eu senti falta de estar com a minha família. Como eu morei com a família do meu namorado, lá teve uma ceia e ficamos conversando, mas, apesar disso, eu senti falta de ficar na minha casa”, comenta.

Juliana Rodrigues conta que passará o natal e ano novo em Teresina, não só devido ao estágio que está fazendo e lhe exige que fique na cidade, como por receio de viajar e levar o vírus da Covid-19 para seus familiares.

“Como estou estagiando, fica complicado ir e voltar para a minha cidade, que é no Sul do Maranhão, porque o tempo que eu teria é curto e não daria para aproveitar muito, além de me cansar mais, e porque eu tenho medo de levar o vírus para a casa da minha família, já que sou da área de saúde”, pontua.

Contudo, a estudante enfatiza que, mesmo sabendo que ficará longe da família este ano, o que lhe conforta é ter permanecido reunida com eles durante o isolamento social. “Eu não sei porque, mas este ano não será tão triste porque eu passei cinco meses em casa e voltei para Teresina em outubro, então conseguimos passar muito tempo juntos”, cita.

Para amenizar a saudade, a família pretende fazer uma vídeo chamada com todos durante a ceia de natal. E, para não ficar sozinha durante a noite de natal, Juliana Rodrigues ficará com a família do seu namorado, que reside em Teresina.

lo Branco.