O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) emitiram uma nota, neste sábado (5), defendendo que o Programa Nacional de Imunizações (PNI) considere todas as vacinas contra o novo coronavírus (Covid-19), seguras e com eficácia reconhecida, principalmente as que estão sendo testadas no país.
(Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Segundo os órgãos, não se deve descartar nenhuma alternativa dada a necessidade de imunização de toda a população brasileira em um breve espaço de tempo. “ O recrudescimento da pandemia da Covid-19, no mundo e no Brasil, aponta para um cenário de insuficiência de doses para a vacinação de todas as populações, fazendo com que restrições ao número de fornecedores causem atrasos no acesso à vacina para grupos prioritários de risco”, cita o texto.
O Ministério da Saúde já divulgou um cronograma de vacinação previsto para ser iniciado em março do próximo ano, mas não especificou com qual fornecedor negocia a aquisição das doses. Antes disso, a pasta chegou a recuar de um anúncio de parceria com os estados para a aquisição da vacina produzida pela Sinovac com o Instituto Butantan, mas recuou após o presidente Jair Bolsonaro afirmar o contrário.
(Foto: Reprodução/Facebook)
O CONASS e o CONASEMS consideram “urgente” a agilização dos processos de avaliação para o uso emergencial da vacina contra a Covid-19, que dependem de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os Conselhos ainda defendem a discussão da questão da logística para aquisição dos insumos bem como um sistema de informações e a definição de estratégias de monitoramento e avaliação, mas reiteram que a aquisição das doses deve ser coordenada pelo Ministério da Saúde.
“A falta da coordenação nacional, a eventual adoção de diferentes cronogramas e grupos prioritários para a vacinação nos diversos estados são preocupantes, pois gerariam iniquidade entre os cidadãos das unidades da federação, além de dificultar as ações nacionais de comunicação e a organização da farmacovigilância, que será fundamental com uma nova vacina”, afirma a nota.
Por: Da Redação