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Setut afirma que Prefeitura de Teresina distorce informações sobre subsídios

Em entrevista ao O Dia News, da O Dia Tv, Naiara afirmou que a prefeitura distorceu as informações

02/07/2021 17:12

O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) se manifestou nesta sexta-feira (2), através da assessora jurídica, Naiara Moraes, sobre as declarações que partiram do Palácio da Cidade de que a prefeitura teria repassado nos últimos cinco anos o valor de 240 milhões às empresas que operam o transporte público de Teresina


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Em entrevista ao O Dia News, da O Dia Tv, Naiara afirmou que a prefeitura distorceu as informações. Ela explicou que o valor descrito é referente ao encargo de vale-transporte que a gestão municipal tem que pagar a seus servidores.

“Estão fazendo uma confusão entre o que representa um recurso de folha, em relação a subsídio de vale-transporte, que é uma obrigação do município. É claro que esse valor passa dentro do Setut porque há comercialização em relação à validação dos tickets. Mas isso não é subsídio do sistema de transporte coletivo. É um valor da folha de pagamento correspondente aquilo que a prefeitura deve ao seu servidor”, disse. 

Advogada Naiara Moraes (Foto: O Dia)

A advogada comentou que desde o início do contrato administrativo os empresários nunca receberam mensalmente os valores referentes aos subsídios. Ela disse que todas às vezes foi preciso mover ação judicial para receber os valores devidos. Naiara declarou também que desde janeiro o diálogo entre o Setut e a prefeitura foi impossibilidade devido à negativa da gestão em negociar sobre o transporte. 

"Não foi feito diálogo por parte do município. A Prefeitura pediu ao Ministério Público, através de documento oficial da Procuradoria, para extinguir as tentativas de conciliação no âmbito do Ministério Público Estadual. Isso mostra que a Prefeitura não está aberta ao diálogo. Os empresários estão abertos ao diálogo, vão para todas as audiências, e a prefeitura manda representantes sem capacidade de acordo”, afirmou. 

“Não adianta dizer que a prefeitura repassa dinheiro para o Setut, porque o dinheiro que é repassado é de vale-transporte. É uma obrigação do município. Não é subsídio contratual, esse dinheiro não chega na empresa. O dinheiro que chega na empresa são os subsídios que não estão sendo pagos. Está sendo ignorado um acordo judicial homologado e é uma clara declaração de má fé”, finalizou Naiara Moraes. 

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