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Mãe de crianças agredidas em Teresina sofria ameaças do companheiro

Segundo conselheiro tutelar, o caso foi levado para a Delegacia da Mulher. Ela e as crianças se encontram resguardadas na rede de proteção.

13/04/2021 12:31

O caso de duas crianças, uma de 8 meses e outra de 4 anos de idade, que foram agredidas pelo padrasto na zona Norte de Teresina, está sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar. Os conselheiros estiveram no local do ocorrido na companhia da Guarda Municipal, para resguardar a integridade dos meninos e garantir que todos os procedimentos legais fossem feitos sem expô-las.

De acordo com o conselheiro Teleno Nobre, a mãe das crianças tinha conhecimento das agressões e disse que não denunciou porque estava sendo ameaça pelo companheiro e agressor, identificado pelas iniciais H.S.L. “Como a mulher estava envolvida na situação também, alegando que sofria ameaças do companheiro, o caso foi levado para a Delegacia da Mulher. São três crianças [duas agredidas e uma terceira] na faixa da primeira infância”, explicou Teleno.


O conselheiro tutelar Teleno Nobre deu mais detalhes sobre o caso - Foto: Reprodução/Facebook

O Conselho Tutelar registrou Boletim de Ocorrência junto à Central de Flagrantes e incluiu as crianças na rede de proteção. No momento, elas se encontram resguardadas no grupo familiar junto com a mãe. 

Teleno Nobre diz que casos como este, em que crianças se tornam vítimas de agressões físicas pelos próprios pais, têm tido um aumento aqui em Teresina. Sem especificar números, ele afirma que o atual momento, em que os familiares estão sendo obrigados a ficar confinados pelo isolamento social quase que 24 horas por dia, contribui para esse acirramento nas relações.

“O que eu percebo é que está havendo um aumento nas relações de conflitos entre pais e mãe e relações pessoais entre marido e mulher. Nesse contexto, há um envolvimento direto dos infantes ou com agressão, ou com alienação parental ou com abusos sexuais. A saída que temos para isto é a denúncia”.

O conselheiro faz um apelo para que as pessoas busquem os canais de denúncia em casos de violação dos direitos de crianças de adolescentes ao primeiro sinal de que algo está acontecendo. “A gente tem o Disque 100, os telefones dos conselhos tutelares, o 190 da Polícia Militar, o 153 da Guarda Municipal. São várias as alternativas de se colocar um fim no sofrimento de uma criança. É importante esse cuidado humanizado e esse acolhimento”, finaliza Teleno.

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