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Jornalista Arimatea Azevedo é solto após decisão do STJ

Arimatea Azevedo estava preso há 160 dias

24/11/2020 16:02

O jornalista Arimatea Azevedo, preso pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO) em junho deste ano acusado de extorsão contra um profissional liberal de Teresina, foi solto após ter a prisão revogada pela 6ª turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta terça-feira (24). O colunista estava preso há 160 dias.

Um mês após a prisão, o ministro João Otávio de Noronha, do STJ, decidiu por conceder prisão domiciliar ao jornalista  . Na época, a decisão derrubou a determinação da 2ª Câmara Criminal Especializada do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), que levou o jornalista a cumprir prisão preventiva em uma penitenciária  depois de julgar dois Habeas Corpus (HB) impetrados pelos advogados de defesa do réu.

A defesa de Azevedo se baseou em uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que recomendava a substituição da prisão cautelar por domiciliar por ele pertencer ao chamado grupo de risco para o novo coronavírus. O STJ determinou o afastamento do jornalista da direção e de qualquer participação administrativa, jornalística, consultiva e qualquer outra em veículos de imprensa.

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Foto: Arquivo/ODIA

Segundo a defesa do jornalista, os fatos apresentados no inquérito do Greco não deram a ele o direito de ampla defesa. “Tudo foi articulado apenas por meio de provas unicamente testemunhais, sem que se tenha dado ao acusado o seu amplo direto à defesa, o que é inadmissível do ponto de vista do processo penal", disse o advogado Palha Dias.

A defesa negou ainda que prints de um aplicativo de mensagem apresentados pela polícia como prova da extorsão, não fazem menção a cobrança de valor financeiro nas conversas entre Azevedo e Alexandre Andrade.

"O que se vê e o que se lê nas trocas de mensagens é que, como manda o correto exercício da profissão, foi dado ao cirurgião plástico o devido espaço de defesa, onde este, por meio de nota, tentou explicar o erro médico do qual foi acusado", declara.

A defesa diz ainda que Alexandre Andrade disse que o pagamento ocorreria em dinheiro vivo. No entanto, segundo a defesa, não foram apresentados fatos como supostos pacotes, comprovantes de saque ou mensagens da entrega.


O Portal O Dia tentou, mas não conseguiu contato com os advogados de Alexandre Andrade para comentar o caso. O espaço permanece aberto para esclarecimentos. 


Por: Jorge Machado
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