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Aniversário de Teresina: cidadãos redescobrem o lar durante a pandemia

Funcionária pública revela que isolamento social foi o pontapé para a descoberta da paixão pela jardinagem

16/08/2020 09:01

O isolamento social, com a pandemia do novo coronavírus, fez com que Teresina se resumisse à casa, resultando em descobertas, em transformação da relação de cada um com sua moradia. E neste aniversário de Teresina resgatamos histórias e descobertas de teresinenses, que longe dos cartões postais da cidade redescobriram seu lar.

“Ao invés de perder horas (procrastinar) em redes sociais, passo horas e horas vendo vídeos sobre plantas, jardinagem. Aí, surgiu a oportunidade de fazer o Intensivão da Jardinagem, ofertado por uma das principais youtubers de plantinhas, que é a Carol Costa. Aprendi muito sobre o solo, a iluminação correta, os adubos, as regas, a conhecer pelas folhas qual o problema que a planta está enfrentando etc.”, diz a funcionária pública Conceição Sousa, tratada carinhosamente de Ceiça, pelos do seu convívio. Ela deixa claro que tem um “jardim de Teresina” em sua casa, porque todas as plantas são as mais adaptáveis ao clima da cidade.

Entusiasmada, ela ressalta: “Amo onze-horas e já perdi a conta da quantidade de modalidades que tenho. Além de lindas e delicadas, estão muito associadas à Teresina”, explica, lembrando que esse isolamento social foi o pontapé para a descoberta dessa paixão pela jardinagem. “Agora já estou matriculada em um curso online sobre como fazer mudas”, confessa entusiasmada. 

Ceiça destaca que suas plantas são as mais adaptáveis ao clima da cidade (Foto: Jailson Soares/ODIA)


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Além do espaço aproveitado, Ceiça Sousa planeja levar “plantinhas para dentro de casa, assim que terminar de compor a parte externa como quero”. Essa paixão pela jardinagem a fez presentear os amigos com flores: “Agora, tem mais outra coisa pra me deixar feliz, além da leitura de meus livros: as pessoas veem florzinhas e jardins e lembram de mim e me mandam fotos até do exterior, e eu passei a adorar presentear mudinhas (rs)!”, acrescenta.


Mesmo deixando claro não ser adepto a grandes multidões, o artista plástico e arterapeuta Michael Jackson diz que passou a dar mais atenção ao seu pequeno mundo: “Eu ainda aprecio muito minha própria companhia, meu refúgio de paz e minha tão importante individualidade, e assim venho tentando sempre ocupar o meu tempo aprendendo coisas novas, tentando conviver melhor com a minha noiva, lendo mais, produzindo novas pinturas e desenhos, brincando com meus bichos de estimação (dois cachorros, dois gatos e quatro calopsitas), articulando novos projetos, sonhos e acima de tudo vivendo um dia de cada vez.”

“A pandemia do novo coronavírus tem sido um divisor de águas para o mundo como um todo, acredito que todos estejamos juntos aprendendo e nos adaptando a esse período chamado de novo normal e desacelerando muita coisa. É fato que somos obrigados a ficar mais tempo em casa, em muitos casos produzindo nossas obrigações (home office), convivendo mais tempo com a família e dessa forma aguçando certas questões pessoais na parte de análise em possíveis conflitos, reconciliações e sobretudo agregando mudanças no andamento das coisas, independente de qualquer ponto de vista, tudo está sendo construído de maneira nova e distinta”, analisa o artista.

Edição: Virgiane Passos
Por: Marco Antônio Vilarinho
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