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O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro), Ajuri Dias, afirmou, nesta quinta-feira (22), que os motoristas e cobradores de ônibus de Teresina não vão paralisar suas atividades nesta sexta-feira (23). A previsão é de que a greve dos ônibus na Capital seja retomada na próxima quarta-feira (28).
Foto: Jailson Soares.
“Não vamos parar nesta sexta-feira. A previsão é de que retornaremos com a greve na próxima quarta-feira. Como os empresários não acataram a decisão do TRT, em pagar os tickets de alimentação e o plano de saúde, a gente decidiu por retornar com a greve”, disse Ajuri.
Essa reunião aconteceu na segunda-feira (24) durante uma Assembleia Geral Extraordinária . Segundo Ajuri, a decisão partiu de todos os trabalhadores presentes.
“Essa decisão partiu de todos os trabalhadores. As empresas receberam um determinação e não cumpriram. Vamos aguardar o prazo estabelecido para voltar retornar com a greve”, completou.
Ainda conforme o presidente, as empresas já foram notificadas da possível paralisação. “Nós já notificamos a Strans, o Setut, Ministério Público e o TRT. Agora, cabem a eles fazerem a adesão da MP”, finalizou.
Outro lado
Em nota, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) disse a O Dia que vem acompanhando as negociações entre o Setut e o Sintetro e torce para que patrões e empregados entrem em acordo com relação às questões reivindicadas.
A superintendência disse ainda que, caso a greve seja deflagrada no próximo dia 28, como notificou o Sintetro, será garantido o funcionamento de transporte alternativo para atender usuários do transporte público e o Ministério Público do Trabalho será acionado para assegurar o funcionamento da frota constitucional mínima prevista para esse período de pandemia, que é de 70% da frota nos horários de pico e 30% nos horários de entrepico.
O Portal O Dia entrou em contato com o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) para comentar o caso. "O SETUT foi notificado sobre a possibilidade do movimento grevista, mas não entende as motivações. O caso está em análise pela assessoria jurídica para a tomada de providências cabíveis junto às autoridades trabalhistas como também junto ao poder concedente", explicou o sindicato em nota enviada a nossa redação.