A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Coletivo de Teresina foi oficialmente instalada e já definiu seu cronograma de atuação. As sessões serão realizadas nas terças e quintas, começando às 9h sem horário definido para encerrar. Os trabalhos poderão ser acompanhados pela população, pois todas as reuniões serão transmitidas pelo canal da Câmara Municipal no Youtube.

^{Foto: O Dia}

O que chama a atenção na organização da CPI é que os parlamentares não querem ouvir o Sindicato dos Empresários do Transporte Urbano de Teresina (SETUT) e sim os empresários individualmente. É o que diz o presidente da CPI, deputado Edilberto Borges, o Dudu (PT).

“Temos quatro consórcios em Teresina. Ao invés de ouvir um representante do SETUT falando por todos, vamos ouvir um a um os empresários para que eles digam seu sentimento e problema que percebem no cumprimento da licitação. Ela foi uma licitação aberta para prestar um serviço de qualidade e não é o que está sendo feito”, disse.

^{Dudu é presidente da CPI do Transporte Coletivo de Teresina - Foto: Assis Fernandes/O Dia}

Além dos empresários, a CPI também fará oitivas com representantes do Ministério Público do Piauí, do Tribunal de Contas do Estado e com o prefeito de Teresina. Dr. Pessoa (MDB). Da Prefeitura, também serão ouvidos técnicos do quadro permanente de servidores para dar garantia de uma apuração isenta e não envolver comissionados, conforme afirmou Dudu.

A OAB-PI também será chamada a prestar suas manifestações da CPI por meio de sua Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor. Ainda não foram definidas as datas exatas de convocação dos representantes de cada órgão.

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“CPI não é picadeiro de oposição ao ex-prefeito”

Em entrevista pouco antes de iniciar a reunião, o relator da Comissão, vereador Enzo Samuel (PC do B) rebateu as críticas feitas pelo vereador Edson Mello (PSDB) de que a CPI é um “picadeiro da oposição ao ex-prefeito Firmino Filho”. Ele afirmou que a comissão não está atrás de pessoas, mas sim de chegar uma solução para o transporte público de Teresina. 

“Como relator, vou atuar com imparcialidade. Acredito que a CPI é um bom momento para unir os esforços e encontrar uma solução. Queremos dar uma resposta a Teresina”, rebateu Enzo. Ele lembra que o objetivo principal da Comissão é saber se existe quebra contratual do contrato firmado com a Prefeitura e descobrir porque o sistema de transporte de Teresina não funciona com eficácia.

A CPI tem o prazo legal de 120 dias para ser concluída, podendo, esse tempo, ser prorrogado por mais 60 dias caso seja necessário. No entanto, os parlamentares que a compõem querem dar celeridade aos trabalhos e entregar relatório antes do prazo legal.

Por: Com informações de Eliezer Rodrigues, da O Dia TV