Não é novidade que as mulheres cuidam mais da própria saúde do que os homens.
Desde cedo, exames de rotina anuais como Papanicolau, ultrassom e exames de sangue fazem parte do acompanhamento anual de todas as mulheres.
O pólipo uterino é um achado frequente nos exames de rotina de mulheres após os 40 anos e que traz muita preocupação.
No artigo de hoje, iremos explicar um pouco sobre o que é o pólipo uterino, sintomas, tratamentos e quando as mulheres devem se preocupar.
O Que É O Pólipo Uterino?
Os pólipos uterinos são pequenos nódulos que se formam devido ao crescimento excessivo de células do útero.
Estes nódulos podem se desenvolver em diferentes camadas do útero e acomete principalmente mulheres após os 40 anos de idade.
A maioria dos pólipos uterinos são benignos, no entanto, todos devem ser analisados individualmente, pois existe a chance destes pólipos se tornarem malignos.
Quais os sintomas?
Normalmente os pólipos não causam sintomas.
Eles são identificados através de exames de rotina, como o ultrassom transvaginal.
Quando presentes, os principais sintomas são:
- Sangramento vaginal após a menopausa
- Irregularidade e Aumento do Fluxo menstrual
- Cólicas intensas
- Infertilidade
O Que Causa Pólipo Uterino?
As principais causas para a formação de pólipos uterinos são as alterações genéticas e hormonais relacionadas ao aumento do estrogênio.
Além disso, outros fatores também contribuem para o surgimento:
- Menopausa
- Sobrepeso
- Hipertensão
- Síndrome dos ovários policísticos
- Uso de medicamentos (tamoxifeno)
Como o pólipo uterino é diagnosticado?
Como a maioria das mulheres são assintomáticas, o diagnóstico é realizado por meio de exames de imagem.
Dentre eles destacam-se a ultrassonografia transvaginal, histerosonografia e histeroscopia diagnóstica.
Já em mulheres sintomáticas, com sangramentos menstruais irregulares, o exame de escolha é a histeroscopia cirúrgica, com a remoção do pólipo.
O Pólipo uterino é perigoso? Quando devo tratar?
Não. A grande maioria dos pólipos uterinos são benignos.
No entanto, todos devem ser acompanhados pelo ginecologista.
Este irá analisar algumas características como a idade da paciente, tamanho do pólipo, fatores de risco, entre outros.
Isto porque o risco de malignização dos pólipos é maior nas mulheres após a menopausa, que é justamente a faixa etária de maior incidência dos mesmos.
Já em mulheres no período fértil, com pólipos menores que 1 a 2cm, assintomáticas e sem fatores de risco, o acompanhamento com ultrassonografia pode ser recomendado.
A maioria dos pólipos uterinos tem indicação de remoção cirúrgica, sendo o acompanhamento clínico com ultrassom uma medida de exceção.
Caso o pólipo uterino aumente de tamanho, cause sintomas ou apresente uma mudança das suas características habituais, a cirurgia é recomendada.
Quais os tratamentos para pólipos uterinos?
Os possíveis tratamento para os pólipos uterinos são divididos em dois tipos:
- Anticoncepcionais hormonais
- Remoção cirúrgica do pólipo (mais recomendado)
Vale ressaltar que cada pólipo uterino deve ser avaliado individualmente e discutido com o ginecologista, que irá decidir em conjunto com a paciente o melhor tipo de tratamento.
Anticoncepcionais hormonais
Esta é uma opção terapêuticas para mulheres jovens que apresentam pólipos recorrentes.
Este é um tipo de tratamento em que se utilizam anticoncepcionais com progesterona.
Dentre as opções destacam-se as pílulas anticoncepcionais e o DIU hormonal (DIU Mirena e Kyleena).
Devido ao aumento da progesterona, há uma contraposição ao estrogênio isolado, que aumenta o desenvolvimento dos pólipos.
Desta forma, há uma diminuição da formação dos pólipos.
Entretanto, este é considerado um tratamento temporário, pois pode ocorrer uma recorrência após a interrupção dos anticoncepcionais hormonais.
Cirurgia para retirada do pólipo (polipectomia)
A retirada do pólipo uterino é o tratamento de escolha para a maioria dos pólipos uterinos.
Ele permite o diagnóstico do tipo de pólipo (benigno ou maligno) e o tratamento, no mesmo momento.
Como é feita a retirada do pólipo uterino?
A remoção do pólipo uterino é realizada através de um procedimento chamado histeroscopia cirúrgica.
Este é um procedimento rápido, simples e indolor.
Após a anestesia geral, é introduzido através da vagina um dispositivo chamado histeroscópio.
Este dispositivo possui um conjunto que inclui uma câmera e uma alça.
Por meio da câmera, o ginecologista observa em tempo real toda a cavidade uterina, sendo possível a visualização de pólipos e alterações uterinas.
Por meio da alça é realizada a ressecção do pólipo, que é encaminhado para análise.
Após a retirada do pólipo e recuperação da anestesia a paciente já se encontra em condições de alta.
Desta forma, este é um procedimento minimamente invasivo, de recuperação fácil e precoce.
Conclusão
Neste artigo conversamos um pouco sobre o que é o pólipo uterino, principais sintomas e possíveis tratamentos.
Explicamos que a grande maioria dos pólipos são benignos, mas que ainda assim exigem acompanhamento e muitas vezes a remoção cirúrgica.
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