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"œEle está do lado do patrão", diz Gervásio Santos, sobre o irmão Kléber Montezuma

Apesar de irmãos, os candidatos representam diferentes ideologias e posicionamentos políticos.

20/10/2020 15:52

A disputa pelo Palácio da Cidade de Teresina conta com a oposição política de dois irmãos nas eleições municipais deste ano. De um lado, o candidato da situação, Kleber Montezuma (PSDB), e do outro lado, na oposição, o candidato Gervásio Santos (PSTU). Apesar de irmãos, os candidatos representam diferentes ideologias e posicionamentos políticos.


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 Em entrevista à O Dia Tv, canal 23.1, o candidato Gervásio Santos falou sobre a disputa familiar pela cadeira de prefeito de Teresina. Segundo ele, o irmão, que é ex-secretário de Educação e apoiado pelo atual prefeito Firmino Filho, é o “representante dos ricos e poderosos”, enquanto o professor Gervásio Santos se mostra como a alternativa socialista, com propostas voltadas para o aumento dos impostos para a camada mais rica e criação de conselhos populares.

“Estamos em lados opostos da luta de classe. De um lado, o Kléber vem, desde muito tempo, sendo o representante dos ricos e poderosos, dos grileiros de terra, dos empresários de transporte de Teresina e, inclusive, sendo o candidato do Bolsonaro, haja vista que o maior cabo eleitoral do Kléber é o Ciro Nogueira, que é do Centrão e dá apoio político ao Bolsonaro. Por outro lado, nós do PSTU, estamos a serviço dos trabalhadores. Então, é luta de classes. Ele, pelos ricos e patrões, e eu pelos trabalhadores e excluídos de Teresina”, destaca.

Foto: Elias Fontenele/O Dia

No entanto, não é somente à Prefeitura de Teresina e ao seu candidato que o professor Gervásio Santos faz oposição política. Durante a entrevista, o candidato do PSTU não economizou nas críticas ao governador Wellington Dias e ao Partido dos Trabalhadores (PT), que, segundo ele, têm adotado uma posição controversa no combate à pandemia do novo coronavírus.

“Há uma grande hipocrisia, principalmente por parte do Governo do Estado do Piauí, administrado pelo PT, que ao mesmo tempo em que chama a atenção do TRE para a aglomeração, chamando os candidatos, promove através do seu candidato aglomerações, haja vista que no sábado o PT fez uma carreata com mais de 1 mil carros em Teresina, além disso tem outros candidatos que, além de promover aglomerações, ainda fazem campanha e dançam forró e tecnobrega. Enquanto eles dançam de um lado, os trabalhadores estão morrendo do outro”, denuncia.

O candidato é defensor de uma quarentena total, com garantia de emprego e renda para os trabalhadores. Para ele, a gestão da pandemia, a nível federal, estadual e municipal, tem se dado de maneira equivocada, colocando em risco a vida da população. Por isso, ele defende que, caso seja eleito, as verbas da saúde sejam destinadas integralmente para o SUS, já que, segundo ele, os hospitais privados têm sido beneficiados e os maiores prejudicados pela crise sanitária, inclusive a nível econômico, têm sido a classe trabalhadora.

Para impedir que mais pessoas em situação de vulnerabilidade econômica e social sejam afetadas pela pandemia, o candidato propõe a criação de um plano econômico que vise aplicar o IPTU progressivo, com maiores valores cobrados sobre a classe mais rica, e cobrar o débito em tributos de 25 empresas instaladas em Teresina, que, segundo ele, representa mais do que o próprio orçamento da Capital. Ainda na área econômica, Gervásio Santos promete a criação de um plano de obras públicas para gerar emprego e renda, com obras voltadas para o saneamento básico e habitação.

Durante a entrevista, o candidato do PSTU também falou sobre suas propostas para o problema do transporte público da Capital, com ampliação da frota e melhoria das condições de trabalho dos motoristas e cobradores. Sobre as propostas para a educação pública, cultura e agricultura familiar. “Esses candidatos não são mágicos, não vão de modo algum, da noite para o dia, solucionar todo esses problemas, porque estão atrelados aos poderosos, são representantes desses empresários. Ou você governa para os trabalhadores ou para os empresários”, finalizou.

Por: Nathalia Amaral
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