A confirmação do nome de Silmara Castro, do Solidariedade (SD), como pré-candidata a vice na chapa que será encabeçada por Fábio Novo (PT) na disputa pela Prefeitura de Teresina, desagradou setores da militância petista da capital, que questionam a escolha.

A reportagem apurou que uma das discordância com a política de alianças do partido, que cedeu a vaga em sua chapa majoritária ao SD em detrimento do PCdoB, que também compõe a coligação e é um aliado histórico da agremiação, tanto em âmbito nacional como na esfera política estadual.

^{Fábio Novo e Silmara Castro (Foto: João Albert/Ascom)}

O nome de Samara Castro tem resistências até mesmo em militantes da ala feminina do PT. Parte deste segmento afirmam que não foram consultados sobre a pré-candidata à vice, que teria em seu histórico alguns atritos com algumas lideranças petistas quando participou do governo Wellington Dias (PT).

A militância teme que a decisão desagregue e prejudique a estratégia do partido no maior colégio eleitoral do estado. “Temos que resolver os problemas do passado e não repetir os mesmos erros, mas parece que está cada vez pior”, afirmou uma das fontes em mensagens a que o DIA teve acesso.

^{Anuncio da composição da chapa PT/Solidariedade em Teresina (Foto: Breno Cavalcante/ODIA)}

O curioso é que no dia do anúncio oficial, realizado em coletiva de imprensa na ´última segunda-feira (31), Fábio Novo e lideranças da coligação formada entre PT, PCdoB e SD apostaram no apoio de suas militância para chegar ao segundo turno da disputa ao Palácio da Cidade.

Insatisfação na proporcional 

Além das divergências relacionadas a provável chapa majoritária, o PT anda convive com descontentamento na construção da sua proporcional. No último fim de semana o vereador Deolindo Moura (PT), em entrevista a imprensa local, tornou público sua insatisfação com a ausência de diálogo entre Fábio Novo e pré-candidatos a vereadores pela legenda.

Questionado sobre este episódio, o deputado Cícero Magalhães, presidente do diretório municipal do PT, afirmou que o pré-candidato a prefeito da agremiação tem dado atenção à todos, mas pontuou que embora às vezes exista “uma ciumeira”, a relação entre os dois não será abalada pelo que chamou de “tensão pré-eleitoral”.

“Isso é normal. Todos os pré-candidatos, na sua maioria pelo menos, ficam nessa tensão com a chegada dos dias que antecedem a formalização de suas candidaturas", minimizou o dirigente, que admite que a chapa que chegou a ter 40 pré-candidatos a vereadores deve ter apenas cerca de 30 nomes disputando cadeiras na Câmara Municipal de Teresina (CMT).

Por: Breno Cavalcante