Embora considere irrelevante tratar sobre eleições municipais neste momento de pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), se mostra contrário a ideia de realização do pleito ainda este ano ou com a possibilidade de prorrogação do mandatos em disputa.
“Sou contra a realização da eleição esse ano e da postergação dos mandatos. Acho que deveria ser realizada até o final do primeiro semestre de 2021 e a partir de janeiro ser nomeado um interventor, que ficaria à frente da administração municipal até que o novo prefeito tomasse posse”, disse o gestor.
No último ano de governo, Firmino Filho é contra prorrogação do mandato (Foto: Arquivo/ODIA)
O prefeito, que conclui seu quarto mandato à frente do Palácio da Cidade em dezembro, considera precipitado a manutenção das eleições ainda em 2020, como aprovou o Senado na terça-feira (23), pois acredita que os impactos da crise devem se alongar em diversas regiões do país.
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Somado a isso, o tucano teme que as disputas eleitorais “politizem” o enfrentamento ao vírus. Ele afirma que muitos pré-candidatos, por exemplo, estão aproveitando o momento para fazer campanha em cima de pautas como a reabertura do comércio. “É demagogia, querem aparecer e ganhar voto”, disparou.
Firmino ainda cita a situação de cidades do interior do estado que iniciaram a flexibilização das atividades econômicas mais por interesses eleitorais que necessariamente por terem condições para isso.
“Muitos prefeitos estão abrindo porque temem as eleições. Eles veem os comerciantes e os eleitores pressionando e acabam tendo uma posição não técnica mas uma atitude política eleitoral, fazendo demagogia e colocando em risco a vida das pessoas”, disse o pessedebista, que traça planos para a volta de alguns setores da economia de Teresina em julho.