Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Polícia denuncia proprietários da Construtora Realize ao Ministério Público

Após quatro inquéritos instalados, delegada constatou que empresa se utilizava de laranjas para enganar seus clientes.

09/03/2016 10:25

A Polícia Civil do Piauí denunciou ao Ministério Público o casal Cristina Rose Ibiapina de Souza e Gldson Nunes de Souza, proprietários da Construtora Realize. Em 2014, empresa foi denunciada pelo PROCON por atrasar a entrega de obras em Teresina e Parnaíba, e assinar contratos de vendas com clientes referentes a construções que nunca foram iniciadas. A polícia estima que o esquema fez mais de 500 vítimas e os prejuízos ultrapassam R$ 500 mil.

O Laboratório de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro rastreou a movimentação financeira da Construtora Realize e de seu quadro de sócios, e concluiu que a empresa usava outras pessoas jurídicas (empresas de fachada) para proteger e ampliar seu patrimônio e ludibriar seus clientes. Os quatro inquéritos abertos pela Polícia Civil constataram ainda que a construtora fazia uso de laranjas (pessoas interpostas e envolvidas na distribuição ilegal de lucros).

Entenda o caso

No ano passado, a Polícia Civil abriu inquérito para apurar a denúncia do PROCON contra a Construtora e Incorporadora Realize. O órgão foi acionado por vários clientes, relatando casos de demora na entrega de seus apartamentos e ausência de informações, por parte da empresa, sobre obras, que sequer tinham começado.

Os clientes foram lesados ao adquirirem imóveis de cinco empreendimentos no Piauí feitos pela Incorporadora Realize, em parceria com as construtoras Real e Essencial. Os edifícios Minerva Nogueira, Brilho do Sol, Sun Vile, Imperial Palace e Brisa Real, este último em Parnaíba, extrapolaram os prazos previstos nos contratos assinados com os clientes. A polícia constatou que, em alguns casos, as obras nem iniciaram.

Em agosto, a Delegacia Geral anunciou a prisão de Cristina Rose pelo crime de estelionato. Em depoimento à delegada Carla Brizzi, na época, a empresária alegou que construtora teve um gasto muito grande comprando os terrenos em Teresina e Parnaíba, mas que todos os clientes seriam ressarcidos.


Leia também:

Procon ingressa com ação civil pública contra construtoras por atraso em obras 

Polícia convoca clientes que foram lesados pela Construtora Realize 

Empresária é presa sob acusação de estelionato em Teresina 


Por: Maria Clara Estrêla
Mais sobre: