A Polícia Civil do Piauí está convocando os clientes da Incorporadora Realize que foram lesados na compra de imóveis  a comparecer a partir de amanhã (19) na sede da Delegacia Geral para serem ouvidos sobre os contratos assinados com a empresa. A polícia abriu um inquérito após o PROCON denunciar a incorporadora por atraso em obras em abril deste ano. As investigações já se encontram em estado avançado, segundo a delegada que comanda o caso.

Os clientes foram lesados ao adquirirem imóveis de cinco obras realizadas no Piauí pela Incorporadora Realize, em parceria com as construtoras Real e Essencial. Os edifícios Minerva Nogueira, Brilho do Sol, Sun Ville, Imperial Palace e Brisa Real, este último em Parnaíba, extrapolaram todos os prazos previstos nos contratos assinados pelos clientes e, em alguns casos, as obras nem iniciaram, conforme explica a delegada Carla Brizzi.

“Tem casos aqui mesmo em Teresina em que a obra sequer saiu do papel. O terreno foi adquirido, preparado para receber a estrutura, mas nunca foi levantado um tijolo. Não foi só o fato da empresa atrasar algo que estava programado em contrato, mas o fato de não comunicar aos clientes o que estava acontecendo. Muitos perceberam algo errado e procuram o PROCON. Outros continuaram esperando sem resultado algum. Por isso que estamos convocando essas pessoas, para que tenhamos ideia da perda que a empresa causou a esses clientes”, explica a delegada Carla.

Ela acrescenta ainda que as pessoas lesadas devem procurar a Delegacia Geral munidos de documento de identificação e dos contratos assinados com a incorporadora. Os clientes deverão preencher um termo elaborado pela polícia onde detalhará todos os pagamentos feitos para a empresa. A partir da análise desses termos, será possível fazer o mapeamento do calote dado pela Realize em Teresina e em Parnaíba.