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Estupro no São Marcos: familiares e amigos fazem protesto e pedem prisão do acusado

A manifestação está acontecendo em frente ao Tribunal de Justiça do Piauí

03/12/2020 09:12

Familiares e amigos da vítima supostamente estuprada por um enfermeiro no Hospital São Marcos, estão realizando uma manifestação nesta quinta-feira (03) em frente ao Tribunal de Justiça do Piauí. Eles pedem a prisão do acusado e celeridade da Justiça da resolução do caso.

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(Foto: Assis Fernandes/ODIA)

Laerte Paixão, vendedor e amigo da vítima, conta que a mulher está muito abalada emocionalmente após o ocorrido. “O caso aconteceu no dia 30 de outubro, e as investigações demoraram até dia 27 de novembro, quando foi emitido o mandado de prisão pela delegada Vilma, que não deixou de ser um tempo longo, pois acompanhamos casos em que a prisão de crimes de estupro é bem mais rápidas. E agora estamos aguardando que esse mandado de prisão seja cumprido. É só isso que estamos buscando” conta.


Laerte é amigo da vítima - Foto: Assis Fernandes/O Dia

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Mesmo com o mandado de prisão sendo emitido no dia 27 de novembro, o enfermeiro não pode ser preso devido ao período eleitoral. “Queremos saber do juiz que está no caso, da 5ª vara, o que está acontecendo e porque ele ainda não foi preso, porque um criminosos e estuprador, que representa perigo para a sociedade continua em liberdade”, enfatiza.

Segundo Laerte Paixão, a vítima está muito abalada com o caso e o apoio de familiares têm sido fundamental neste momento. Além disso, ele enfatiza que a Justiça deve ser feita para que a vítima volta a se recuperar ao saber que o acusado foi punido.


“Ela está em estado deplorável, não tem mais saúde, não cuidar da própria família e nem dos três filhos. Está muito triste a situação e nos colocamos no lugar dela, independente de ser amigo. Ele dopou ela para cometer o ato, então qualquer pessoa que sofra um estupro como esse merece ser justiçada. Sabemos que não tem reparação e que vai sofrer o resto da vida com isso, mas aquela sensação que a justiça foi cumprida precisa ter”, acrescenta.

Juliana Felipe, prima da vítima, disse que este é um sentimento de revolta muito grande e que a família inteira está acabada psicologicamente. Ela lembra que o enfermeiro acusado era conhecido da vítima e seus entes próximos e que isso desestruturou ainda mais as duas famílias. 


Juliana Felipe fala sobre a revolta com a demora de resposta da justiça sobre o caso - Foto: Assis Fernandes/O Dia

"É revoltante porque a gente vive com medo desse homem voltar, aparecer, ir na nossa casa para nos ameaçar, fazer algo com a gente. Nós só queremos uma resposta para o pedido de prisão dele e que ele seja preso. Responda pelo que fez e à altura do que fez", disse.

Por: Isabela Lopes, com informações de Maria Clara Estrêla
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