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Empresária é presa sob acusação de estelionato em Teresina

Cristina Rose é a presidente da Construtora Realize que teria aplicado golpes no Estado.

13/08/2015 12:44

Foi presa na manhã de hoje (13) a empresária Cristina Rose, proprietária da Construtora Realize, que responde a vários processos na Justiça por crimes se estelionato praticados em Teresina e Parnaíba. A empresária se apresentou voluntariamente junto com seu advogado na sede da Delegacia Geral onde foi dado cumprimento a um mandado de prisão preventiva.

De acordo com o delegado geral de Polícia Civil do Estado, delegado Riedel Batista, os agentes receberam, na semana passada, o mandado de prisão expedido pelo juiz Luiz Moura em desfavor de Cristina. "Foram feitas várias diligências na residência dela, na sede da construtora, mas ela não foi encontrada em lugar nenhum. Então quando foi hoje a defesa dela entrou em contato e disse que ela se apresentaria por livre e espontânea vontade, o que foi feito", explica o delegado.

Na Delegacia Geral, Cristina Rose prestou depoimento à delegada Carla Brizzi e foi encaminhada para uma delegacia onde permanece detida aguardando a conclusão dos procedimentos legais De acordo com a delegada, a empresária disse que o motivo do atraso das obras é a burocracia junto à Caixa Econômica e que a construtora tentou conseguir um empréstimo para honrar o contrato, mas não obteve êxito.

"O prejuízo final, somando-se todos os valores que constam nos contratos pode ultrapassar R$ 500 mil e a construtora alega também que teve um gasto muito grande comprando os terrenos em Teresina e Parnaíba", explica a delegada. Segundo ela, Cristina Rose garantiu que a Construtora Realize vai ressarcir todos os seus clientes e concordou em devolver os terrenos comprados onde seriam levantados os empreendimento.

Entenda o caso

Em abril de 2014, o Procon ingressou uma Ação Civil Pública contra as Construtoras e Incorporadoras Realize, Real e Essencial  por conta do recebimento de várias denúncias referente ao atraso na entrega das obras de empreendimentos imobiliários em Teresina, e Parnaíba.

Já em setembro do ano passado, o órgão voltou a receber reclamações  de pessoas insatisfeitas com o descumprimento dos prazos estabelecidos em contrato com a construtora. Em conversa com o PortalODia.com na época, o conciliador do Procon, Campelo Júnior, destacou que um dos empreendimentos do grupo ainda se encontrava em fase de colocação da laje, mas que em outros casos, nem a limpeza do terreno da obra teria sido feita.

Mesmo sendo acionada pelo Procon duas vezes, a construtora continuou descumprindo os prazos estabelecidos em contratos de compra de imóveis na planta. Há dois meses, no dia 18 de junho, a Polícia Civil do Piauí convocou os clientes da Incorporadora e Construtora Realize  para comparecerem na sede da Delegacia Geral e serem ouvidos sore os contratos assinados com a empresa.

Na ocasião, a delegada Carla Brize informou que entre abril e setembro de 2014, pelo menos 50 pessoas haviam procurado o Procon e a polícia denunciando que estavam sendo lesadas pela empresa. De acordo com o delegado geral Riedel Batista, o número de clientes lesados para Construtora Realize pode ultrapassar os 400.


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