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Colônia do Gurgueia: acusado de matar criança confessa crime e fala sobre vingança

Crime chocou a cidade. Acusado foi preso ontem com mais dois colegas e teve o flagrante convertido em prisão preventiva.

16/09/2020 11:36

Foi preso na noite desta terça-feira (15) o homem acusado de ter matado uma criança de 5 anos em Colônia do Gurgueia e ter jogado o corpo em um matagal. O crime, praticado com requintes de crueldade, chocou a população da cidade e foi praticado em vingança contra a família da vítima

Em depoimento aos policiais militares que efetuaram sua prisão, o acusado, identificado como Francisco de Assis Ferreira de Sousa, 30 anos, confessou o crime e disse que só matou a criança porque não teve oportunidade de agredir o pai dela quando discutiram momentos antes do crime. De acordo com o tenente Cláudio, do 19º BPM de Colônia do Gurgueia, ele foi reconhecido nas imagens de câmeras de segurança da cidade.

Mais duas pessoas além de Francisco de Assis também foram presas por suspeita de participação no crime. Trata-se de Jackson Natanael dos Santos, mais conhecido como Jacu; e Wilton Marcos de Brito, mais conhecido como Niltinho. Segundo a polícia, os dois também estavam no bar acompanhados de Francisco, quando houve a discussão com a família da vítima. E Jackson, especificamente, também teria feito ameaçadas de morte ao menor e à família dele.


O menino Ronyssandro Queiroz Souza foi assassinado em vingança após discussão do acusado com sua família - Foto: Reprodução

“O executor do crime [Francisco de Assis] foi visto em amizade e estivera com Jacu no dia do fato. Por volta das 15h30, encontrando a vítima, o levou contra sua vontade para um matagal, local ermo e isolado, praticando o crime de homicídio com requintes de crueldade usando uma faca e, confesso, alegou vingança por não ter tido oportuno momento de agredir o pai da vítima, inibido por ter pessoas no local. Ele concluiu seu intuito de agressão à família da vítima atingindo a criança como forma de satisfazer a sua vontade de vingança”, foi o que relatou o tenente Cláudio.

Reconhecido e tendo confessado o crime, Francisco de Assis foi encaminhado para a Delegacia de Canto do Buriti para os procedimentos legais. 

Acusado teve prisão em flagrante convertida em prisão preventiva

Em decisão proferida ainda ontem (15), a juíza Luciana Claudia Medeiros Brilhante, da Vara Única de Manoel Emídio, homologou a prisão em flagrante de Francisco de Assis Ferreira de Sousa e a converteu em prisão preventiva. A magistrada baseou sua decisão no fato de que há “outros inquéritos policiais, ações penais e procedimentos de atos infracionais que evidenciam a reiteração criminosa ou infracional” e que isso se constitui como fundamentação para justificar o decreto de prisão preventiva para garantir a ordem pública.

Contribuiu também para a homologação do flagrante e conversão da prisão em preventiva a gravidade do ato atribuído a Francisco de Assis. De acordo com a juíza Luciana Medeiros, o crime é “capaz de revelar sua extrema periculosidade [...]. As medidas cautelares diversas à prisão não são suficientes para a garantia da paz social já abalada pela constante conduta dos custodiados”, finaliza a magistrada.

Por: Maria Clara Estrêla
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