Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

"œNão podemos fortalecer a mendicância", diz secretário

Secretário afirma que venezuelanos estão recebendo assistência e que dar esmola acaba atrapalhando o andamento dos serviços.

18/06/2019 08:27

Cerca de 170 venezuelanos estão vivendo em abrigos em Teresina . Eles vieram refugiados de seu País em busca de melhores condições vida, como saúde e emprego. Porém, muitos deles estão pedindo esmola nos sinais em diversos pontos da cidade e isso tem preocupado as autoridades. 

Segundo o secretário municipal de Cidadania, Assistência Social e Politicas Integradas (Semcaspi), Samuel Silveira, a secretaria e entidades têm oferecido assistência, como alimentação, atendimento psicossocial e moradia e que, dar esmolas, está prejudicando o trabalho realizado por essas instituições.

“As crianças recebem o acompanhamento dos nossos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculo (SCFV). É bem verdade que estamos enfrentando algumas resistências. Essas crianças têm sido utilizadas para fortalecer mendicância, fazendo com que as pessoas mais facilmente deem dinheiro. Nós não podemos fortalecer a mendicância”, enfatiza o secretário. 

As crianças têm sido utilizadas para sensibilizar a população. (Foto: Poliana Oliveira/ODIA)

Samuel Silveira acrescenta ainda que muito desses recursos arrecadados nos sinais são utilizados para trazer outros venezuelanos. O secretário ainda lembra que Teresina não tem histórico de mendicância como outras capitais, como São Luiz e Fortaleza, onde é comum presenciar pessoas nos sinais pedindo dinheiro. 

“Na nossa cidade, particularmente, temos alguns registros de crianças que vêm da cidade de Timon (MA), mas fora isso, somos uma cidade que não temos esses registros, logo, não podemos deixar que isso aconteça. Dar esmola não resolve essa questão e atrapalha os trabalhos que estão sendo realizados”, fala. 

Entidades civis como a Cáritas e o MP3 estão oferecendo auxílio para os venezuelanos, inclusive disponibilizando e arrecadando alimentação. Atualmente eles estão distribuídos em quatro abrigos, localizados nos bairros Poti Velho, Mocambinho, Km 07 e, mais recentemente, a Pastoral de Rua. 

“Estamos aguardando o Estado para podermos estruturar o abrigo e vamos cobrar celeridade. Tão logo tenhamos condições de dar essa estrutura, faremos uma fiscalização com relação a essas crianças. Estão chegando mais venezuelanos e por questões humanitárias não podemos deixá-las sem abrigo”, conclui o secretário da Semcaspi, Samuel Silveira.

Por: Isabela Lopes
Mais sobre: