Uma foto vale mais que mil palavras. Este é um chavão repetido à exaustão, ao longo do tempo, mas tão atual que se torna impossível mencionar o repórter fotográfico sem repeti-lo, por cansativo que seja. A fotografia veio para preencher uma lacuna, dando maior respaldo ao texto, complementando a notícia como um todo. Uma imagem, por si, de acordo com estudiosos, pode condensar uma informação por inteira.
Com 11 anos de batente, o repórter fotográfico Jailson Soares, de O DIA, ressalta a importância da profissão que abraçou, observando o prazer de fazer o que gosta: “Com essa profissão eu consigo expressar minhas palavras, através da fotografia. Além de ter um grande amor por essa função, foi através dela que passei a conhecer melhor o nosso Piauí. Unir trabalho e prazer não tem preço: isso me deixa muito feliz e satisfeito”, argumenta.
"Como repórter fotográfico, eu consigo expressar minhas palavras através da fotografia. É uma realização", diz Jailson - Foto: O Dia
“Essa profissão me trouxe reconhecimento e vários prêmios, portanto sou muito grato a ela por tudo que tenho conquistado”, diz Jailson Soares. Em todos esses anos, o repórter cita como um dos grandes momentos de sua carreira uma matéria sobre saneamento básico, quando pôde ver in loco o lado da cidade: locais desestruturados, crianças brincando em esgoto etc; “Essa matéria nos renderam o primeiro lugar em concurso de reportagem, mas ao mesmo tempo me causou muita tristeza pela situação dessas crianças”, acentua.
"Peladinho". Flagrante do repórter fotográfico Jailson Soares. O momento congelado denuncia a situação de muitas crianças que vivem em locais insalubres, na capital piauiense
Já o repórter fotográfico Elias Fontenele, também de O DIA, 33 anos de experiência, diz ter predileção por flagrantes, pelo inusitado. Realizado em sua profissão, ele sintetiza sua preferência: “Eu gosto de matéria investigativa, no campo policial, mas também me realizo quando pego um flagrante, algo inusitado que pode passar despercebido aos olhos dos outros". O também repórter fotográfico Paulo Barros é outro profissional que viu na profissão a sua realização.
Com várias exposições sobre natureza e as belezas do Piauí, Paulo Barros destaca uma de suas fotos: “Gosto de foto da abelha no girassol porque tem uma perfeita sintonia de cores e tons. Se a pessoa olhar atentamente, todas as cores que fazem parte da abelha também estão na flor do girassol. Formando assim uma camuflagem que só a natureza é capaz”, conclui.
"Estou completando 30 anos de profissão. Tenho orgulho do que faço e não me vejo mais trabalhando em outra", diz Elias - Foto: Jailson Soares/O Dia
"Estou comemorando 30 anos de profissão. Tenho muito orgulho do que faço e não me vejo mais trabalhando em outra área. Minha máquina é uma extensão do corpo. Toda vez que ando sem máquina fico me sentindo como se tivesse faltando um pedaço de mim", complementa.
Imprescindível
A credibilidade de uma notícia narrada por um jornalista está na qualidade dos argumentos usados para reportar o receptor até o local do fato. Durante os primeiros séculos da imprensa, os acontecimentos eram narrados apenas com as palavras do repórter que investigou o assunto. No ano de 1880 o jornal Daily Herald, de Nova Iorque, inovou colocando a primeira imagem a circular em um jornal, muito mais do que simplesmente comprovar o fato o veículo queria chamar a atenção do leitor.
A partir daí a fotografia adquiriu grande importância nas matérias jornalísticas, tanto para complementar a ideia do texto quanto para comprovar a veracidade dos fatos. Nasce uma profissão: Repórter Fotográfico, que tem o seu dia comemorado em 02 de setembro. Crédito fotográfico - direito autoral: No Brasil a lei Nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais. O crédito fotográfico é obrigatório em todas as publicações. A presença desse profissional se tornou imprescindível.
Edição: Marco Antônio Vilarinho