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Piauí tem a gasolina aditivada mais cara do Nordeste

Segundo a ANP, a gasolina aditiva é vendida ao valor máximo de R$ 6,399 no Piauí, o maior preço dentre todos os estados da região.

24/05/2021 11:46

Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o Piauí possui a gasolina aditivada mais cara do Nordeste. De acordo com o levantamento realizado entre 16 e 22 de maio em 98 postos de Teresina, os preços praticados nos postos de combustíveis da Capital superam os de todos os estados da região, com o valor máximo do litro sendo cobrado a R$ 6,399.


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Comercializada com um aditivo que impede a formação de depósitos de sujeiras no interior do motor do veículo, a gasolina aditivada é vendida pelo preço mínimo de R$ 5,491 na Capital, com uma média de preço de R$ 6,044. Em segundo lugar no ranking está o estado do Alagoas, com o valor máximo de R$ 6,339 por litro, seguido pela Bahia, cujo maior valor cobrado é de R$ 6,299.

Foto: Assis Fernandes/O Dia

Em relação ao preço da gasolina comum, o Piauí desce apenas uma posição e figura em 2º lugar entre os estados com o maior valor do combustível no Nordeste. De acordo com o Sistema de Levantamento de Preços da ANP, na última semana, a variação de preços na capital piauiense foi de R$ 4,590 a R$ 5,999, se equiparando aos estados do Ceará e Pernambuco no valor máximo cobrado ao consumidor e ficando atrás apenas de Alagoas.

Para o coordenador executivo do Sindicato dos Postos Revendedores de Combustíveis do Piauí (Sindipostos), Anorcil Andrade, o sindicato não atua sobre o preço praticado nos postos de combustíveis, pois cada empresário avalia o valor cobrado de acordo com os custos para adquirir o produto bem como a margem de lucro a ser obtida a partir da venda.

"Entrar no mérito do varejo é muito complicado porque cada posto tem uma forma de comprar, uma forma de receber desconto ou não, é uma questão meramente de mercado. O preço final na bomba é muito específico de posto para posto, depende de uma série de fatores", afirma.

Contudo, o coordenador executivo do Sindipostos explica que um dos motivos para os últimos aumentos no preço dos combustíveis está relacionado ao período de entressafra da cana-de-açúcar que, com o atraso da colheita devido à estiagem no Centro-Sul do Brasil, que resultou em uma baixa oferta do etanol no mercado e encareceu o valor do produto.

"A oferta de etanol no mercado diminuiu muito. Houveram locais em que a gasolina não pode ser entregue para o revendedor porque não tinha etanol para fazer a mistura exigida pela ANP, que é de 27%. Esse fato fez com que o preço tivesse uma mexida a nível nacional. Com a safra acontecendo a partir de junho, pode haver uma alteração, mas não podemos precisar se vai ser um fator de redução, por enquanto não temos um cenário de alteração a curtíssimo prazo com relação a essa demanda da entrega para a safra de etanol", finaliza.

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