Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Piauí registrou mais de 2,2 mil casos de hanseníase nos últimos três anos

A doença, que possui tratamento gratuito garantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pode ser identificada por um auto exame na pele.

04/02/2021 12:46

Manchas avermelhadas, amarronzadas ou esbranquiçadas sem sensibilidade na pele são os sinais mais evidentes da hanseníase, doença provocada pela bactéria Mycobacterium leprae. No Piauí, desde 2018, 2.228 casos já foram registrados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi).


Leia também: Vacinação Covid: 123 pessoas apresentaram reações adversas; sintomas são esperados 


A doença, que possui tratamento gratuito garantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pode ser identificada por um auto exame na pele e, se não tratada, pode deixar sequelas neurodegenerativas. A dermatologista Keila Vanini explica os sintomas da hanseníase que, caso sejam identificados, o paciente deve procurar imediatamente um dermatologista.

Foto: Assis Fernandes/O Dia

“São manchas que você não tem sensibilidade, não sente dor, não sente calor, manchas que você acha que é uma alergia que está tratando e não melhora, ou aquelas manchas que você acha que é uma micose e não está tendo resultado com o tratamento. Além disso, outra manifestação da hanseníase é a dormência, você sente uma dormência em mãos e dedos”, destaca.

Eldenira Rodrigues, 33 anos, foi cometida pela hanseníase aos cinco anos de idade e, somente com a piora dos sintomas, aos 13 anos, buscou atendimento médico especializado. Segundo ela, a demora na procura por atendimento fez com que o tratamento fosse prolongado.

“Se você, de fato, sentir doença, formigamento nas pernas, se queimar e não sentir, pode ser hanseníase. Tenha cuidado, procure um médico o mais rápido possível e faça o tratamento, quanto mais cedo o tratamento, mais será eficaz. Eu sofri muito preconceito, mas superei”, relata, lembrando que hanseníase tem cura.

A hanseníase é transmitida por meio das vias aéreas superiores (fala, tosse, espirro), de uma doente e sem tratamento. Por isso, Francilene Mesquita, integrante do Movimento de reintegração das pessoas atingidas pela hanseníase (Morhan Piauí), alerta para o fato de que a informação é uma das principais armas no combate à doença.

“O ano apenas inicia com o Janeiro Roxo, mas de janeiro a janeiro estamos em atividade, produzindo informação, informando a sociedade sobre os sinais e sintomas da doença para que essas pessoas cheguem até um médico, levantem a suspeita da hanseníase, para que seu diagnostico seja precoce e essa pessoa não fique com sequelas irreversíveis”, afirma.

Edição: Com informações de Eliezer Rodrigues.
Mais sobre: