Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Piauí é um dos maiores geradores de energia eólica do Nordeste

Os estados da Bahia e Rio Grande do Norte estão em primeiro e segundo lugares, respectivamente, na ordem de geração de energia

10/09/2020 12:03

Vários projetos de energias eólicas estão concentrados em cidades da região Nordeste do Brasil. Com a diminuição das chuvas no segundo semestre e a queda no nível de água dos reservatórios, há uma redução na oferta de água para produção de energia hidrelétrica. E é justamente nesse período que os ventos estão mais intensos, compensando os consumidores com a energia eólica em plena potência.

Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a energia eólica representa 9,5% da capacidade instalada na matriz elétrica brasileira, ficando atrás da hidrelétrica (69,4%) e térmica (18,2%). Porém, a representatividade desse tipo de geração deve crescer nacionalmente nos próximos anos e atingir, até 2024, 11,4% da matriz. E o Nordeste promete ter muita relevância nesse cenário.

(Foto: Divulgação)

Em ordem de geração, dados de junho passado apontam que os estados da Bahia, Rio Grande do Norte e Piauí lideram o ranking dos maiores geradores da região. A Bahia com 2.357 MW; Rio Grande do Norte com 1.717 MW e Piauí com 1.022 MW. Essa energia gerada seria suficiente para atender 50 milhões de habitantes.

O monitoramento continua apontando recordes na geração de energia eólica no Nordeste. Os sistemas registraram, no sábado, dia 22 de agosto, às 22h, novo pico de geração chegando, desta vez, a 10.169 MW, com um fator de capacidade de 81%. O montante é suficiente para abastecer naquele minuto 97% da demanda de toda a região Nordeste, ou seja, mais de 18 milhões de domicílios. O recorde anterior era de 10.121 MW, no dia 20 de junho de 2020. Historicamente, agosto costuma ser um mês de ventos fortes.

Leia também: Litoral piauiense terá ventos de mais de 60 Km/h, alerta Marinha 

Segundo meteorologistas do Climatempo, no Nordeste do Brasil, as condições favoráveis de vento levam a uma grande produção de energia eólica. Normalmente, nos meses de julho a setembro, é a época de ventos mais fortes na Região Nordeste, onde a velocidade pode alcançar até 60km por hora na faixa litorânea, devido aos ventos alísios, e uma média 40 km no interior.

Por causa desses ventos o Nordeste tem batido recordes sucessivos de geração de energia eólica. Em agosto passado, historicamente um mês de ventos fortes, foi registrado três recordes. O último corrido no dia 22/09 referente a capacidade instantânea de geração. Veja abaixo:

Safra de ventos

Historicamente, nos meses de agosto e setembro acontece a chamada "safra de ventos". Por isso, nesta época, é comum haver os recordes anuais de produção. Segundo o ONS, a região é favorecida pela atuação de ventos com uma velocidade bem superior à necessária para geração de energia, além de ser unidirecional e estável, permitindo geração contínua.

De acordo com os meteorologistas da Climatempo, nesta quarta-feira, 09 de setembro, além do sol forte há condições para pancadas de chuva no litoral entre Ilhéus (BA) e Natal (RN). Mas, o que irá chamar a atenção são as rajadas de vento entre 45 a 55km/h entre São Luís (MA) e Natal (RN) e nas áreas do interior do Ceará e de Pernambuco. Nestes locais, há uma concentração de parques eólicos para geração de energia.

Segundo dados do (ONS), a energia eólica representa 9,5% da capacidade instalada na matriz elétrica brasileira, ficando atrás da hidrelétrica (69,4%) e térmica (18,2%). Porém, a representatividade desse tipo de geração deve crescer nacionalmente nos próximos anos e atingir, até 2024, 11,4% da matriz. E o Nordeste promete ter muita relevância nesse cenário.

Em ordem de geração, dados de junho passado, divulgados pelo ONS, apontam que os estados da Bahia, Rio Grande do Norte e Piauí lideram o ranking dos maiores geradores da região. A Bahia com 2.357 MW; Rio Grande do Norte com 1.717 MW e Piauí com 1.022 MW. Essa energia gerada seria suficiente para atender 50 milhões de habitantes.

Por: Isabela Lopes, com informações de Climatempo
Mais sobre: