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Piauí: com aumento de áreas secas, especialista alerta para risco de queimadas

As áreas com seca moderada se expandiram levemente de 44,41% para 45,95%

12/07/2021 10:55

Em decorrência das chuvas abaixo da normalidade, o Piauí registrou um considerável avanço das áreas secas no Estado, subindo de 83% em abril para 87% em maio, sendo a porção do Leste (com divisa com Ceará) a mais afetada, que saltou de seca fraca para seca moderada, segundo dados do Monitor de Secas.

As áreas com seca moderada se expandiram levemente de 44,41% para 45,95%, enquanto as porções com seca fraca passaram de 38,68% para 41,76%, de abril para maio, respectivamente. Na região Norte do Piauí houve um discreto avanço da seca fraca, o que representa impactos de curto prazo no Norte e de curto a longo prazo nas demais áreas. 

Segundo a meteorologista da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar), Sônia Feitosa, a extensão das áreas secas, somado a outras condições naturais, como baixa umidade do ar, altas temperaturas e falta de chuva, favorecem para o risco de queimadas.


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Nesta segunda-feira (12), por exemplo, a meteorologia emitiu sinal de alerta para a região Sul do Piauí, que apresentou umidade relativa do ar abaixo de 30% para os próximos dias. No Norte do Estado, a influência da ZCIT (Zona de Convergência Intertropical) conjugada com o calor e um pouco de umidade ainda disponível, provoca chuva fraca e ocasional na região.

“As chuvas estão parando e a tendência agora é essas áreas com seca se estendam. Se compararmos maio/2020 com maio/2021, este ano está pior, pois em 2019, o Sudeste estava sem seca nenhuma, devido ao período chuvoso que estava acima do normal. Este ano as chuvas estão abaixo. De janeiro a julho tivemos 98% de focos de calor a mais do que no mesmo período de 2020, dando um indicativo de que vamos ter índices bem mais altos este ano, e, consequentemente, muitas queimadas, principalmente se não houver um cuidado de contenção”, enfatiza a especialista. 

Sônia Feitosa pontua que, quando a umidade do ar está baixa, facilita a disseminação de incêndios. A situação deve se agravar especialmente na região Sul do Estado, por ser uma área continental, sem a influência de umidade, como ocorre no litoral, região mais favorecida. Neste período do ano aumenta também a incidência de ventos, o que corrobora para o índice de queimadas. 

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