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Perspectiva 2020: Com mudanças, setor econômico tem boas expectativas

Entre os desafios estão responder a aspectos como taxa de desemprego, volume de exportação, inflação, taxa de juros e finanças públicas.

02/01/2020 08:03

A economia brasileira está se recuperando de forma lenta. No entanto, uma série de mudanças implementadas pela gestão econômica do governo Bolsonaro tentam garantir, para este ano de 2020, um fôlego a mais no setor. Entre os desafios estão responder a aspectos como taxa de desemprego, volume de exportação, inflação, taxa de juros e finanças públicas.

Todavia, entre todos os problemas, o desemprego ainda é um dos que mais impactam negativamente a população. Em 2019, o tema foi apresentado diante das apurações oficiais. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 12,4 milhões de pessoas estão sem emprego no Brasil. 


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A taxa de desocupação no país fechou o trimestre encerrado em novembro em 11,2%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE. 

O estudo, divulgado no último dia 27 de dezembro, considera desocupadas as pessoas que estão sem emprego, mas que buscaram efetivamente um trabalho nos 30 dias anteriores à coleta dos dados. O levantamento aponta que 11,9 milhões de pessoas compõem a população desocupada.

Para o advogado e professor Antônio Cláudio da Silva, muitos aspectos têm de ser considerados para, de fato, a geração de empregos e o realinhamento da economia brasileira consigam avançar. Para o especialista, os passos certos estão sendo tomados.

“O governo precisava reduzir a dívida pública, a previsão de chegar até o fim do ano era de R$ 156 bilhões, vamos chegar com R$ 120 bilhões. Então, o governo se empenhou em aprovar a Reforma da Previdência e ela gera uma dívida fiscal imensa, mas que, com a Reforma, a dívida fiscal foi jogada pra dez anos à frente. O governo vai ter dez anos pra poder se reorganizar. A partir deste trabalho sinalizou para o mercado uma segurança econômica e uma segurança jurídica”, destaca. 

Segundo o especialista, agora as pessoas começaram a ter mais interesse em fazer investimentos. Ele pontua como positivo o fato de alguns investidores estrangeiros terem voltado para o Brasil, a finalização da privatização da gestão de alguns aeroportos, a realização de leilões das áreas da Petrobras. 

“Na economia, você não consegue fazer algo e ter resultado imediato. É uma coisa que você vai pontualmente fazendo e os resultados vão aparecendo gradualmente. A taxa de juros foi baixando, a dívida pública vai reduzindo, com isso, sobra um pouco mais de dinheiro para investir na economia. Uma área que já cresce muito é a construção civil, o PIB estava com previsão de fechar com 0,9% e já estávamos falando 1,23%. Então todas essas iniciativas começaram a refletir na economia, a forma como o governo está trabalhando está no caminho economicamente correto. O que nós precisamos agora é mais dinheiro circulando na economia”, considera. 

Em termos de ocupação, o ano de 2019 sai, agora, com crescimentos sucessivos da população ocupada. Em novembro, foram 94,4 milhões de pessoas ocupadas com várias atividades absorvendo trabalhadores, como indústria, comércio, serviços.

Classes sociais

No entanto, apesar dos avanços, para os mais pobres, as transformações demorarão a serem sentidas de fato. O professor Antônio Cláudio lembra que a gestão de um governo liberal prioriza a classe média. “Temos que ver se o governo equilibra as contas públicas para depois pressionar esse governo a investir nas classes C, D e E”, resume.

Projeção FGV

Outro importante destaque está nos apontamentos do relatório publicado no dia 20 de dezembro pelo Ibre-FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas). A expectativa do Instituto é que o desempenho da atividade econômica quase dobre em 2020 em relação ao ano que terminou na terça-feira (31), com um crescimento de 2,2% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2020. A projeção feita pelo tradicional Boletim Macro, lançado todo mês, tem como base a perspectiva de melhora no cenário externo e por uma expansão do crédito no Brasil. Os economistas do Ibre também esperam que uma melhora nos setores de extração mineral e agropecuária ajudem a puxar a economia brasileira no próximo ano. O texto fala em “otimismo moderado”.

Por: Glenda Uchôa
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