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Operação Reagente: Prefeitos se dizem vítimas de empresa

A Polícia Federal investiga superfaturamento na comercialização de testes rápidos para diagnóstico da Covid-19

02/07/2020 17:47

Os prefeitos dos municípios de Picos, Bom Jesus e Uruçuí - alvos da Operação Reagente, deflagrada pela Polícia Federal  e que cumpriu mandados de busca em apreensão em quatro na manhã desta quinta-feira (02/07), - se dizem vítimas da empresa investigada por superfaturamento na comercialização de testes rápidos para diagnóstico da Covid-19. Os gestores publicaram vídeos em suas redes sociais com esclarecimentos sobre a operação. 

O prefeito de Picos, Padre Valmir Lima, afirmou que o município utiliza critérios rígidos na contratação de empresas e que sempre tratou processos de licitação com seriedade. Ele lembrou que 27 municípios que são investigados foram vítimas da empresa e afirmou que confia na equipe da Secretaria Municipal de Saúde. 

“Queremos afirmar nossa seriedade, nossa criteriosidade, na contratação e realização de licitações. Daí por que muitas vezes a demora, porque somos criteriosos. Vamos sempre colaborar com a investigação. Uma operação onde estão envolvidos 27 municípios, só da para dizer que todos nós fomos vítimas do mesmo golpe. E, por isso, esperamos o mais rápido possível os esclarecimentos e encontrando o culpado deste fato”, disse.

Segundo a Polícia Federal, agentes públicos de Picos e empresários utilizaram documentos falsos e direcionaram a licitação para a empresa que superfaturava a venda de exames da Covid-19. A investigação teve início depois que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) realizou auditoria em uma dispensa de licitação do município. 

Marcos Elvas, prefeito de Bom Jesus, afirmou que o município comprou teste rápido dentro do preço de mercado e que os exames foram fundamentais para que a cidade tenha atualmente baixa incidência do novo coronavírus. Para ele, a operação vai mostram os processos de compra dos testes ocorreu de forma legal. 

“O município de Bom Jesus comprou, sim, testes rápidos no valor médio de R$ 130,00 cada teste. Absolutamente, dentro do preço de mercado que a própria Polícia Federal atesta em nota. Esses testes nos ajudaram a diagnosticar precocemente, fazer tratamento precoce e nos levou a ter hoje uma das menores taxas de letalidade por coronavírus do Piauí. Essa operação, certamente, servirá para que as autoridades vejam a forma correta que aplicamos os recursos públicos no nosso município”, explicou.

O prefeito de Uruçuí, Dr. Wagner Coelho, esclareceu que foram comprados 500 testes para diagnóstico da Covid-19 no valor de R$ 75 mil. Ele afirmou o município pesquisou os preços dos testes em seis empresas e o menor valor foi encontrado da empresa investigada. 

“Fizemos a compra de 500 testes rápidos para Covid-19. Fizemos nossa licitação dentro da legalidade, fizemos a cotação do preço dos testes para seis firmas e aquela que encontramos a cotação menos foi essa Ronaldo A da Silva no valor de R$ 150,00 por cada teste. Fizemos a licitação normal e pagamos R$ 75 mil. Acontece que outras prefeitura compraram nessa mesma empresa com valores superiores. O TCE disse: como é que Uruçuí comprou por R$ 150,00 e as outras prefeituras compraram com valor superior?”, disse o gestor.

Por: Otávio Neto
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