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MP-PI pede manutenção da prisão de suspeitos presos com cocaína

O MP entrou com ação no Tribunal de Justiça do Piauí pedindo reconsideração da decisão do desembargador José Ribamar Oliveira

31/12/2019 08:57

O Ministério Público do Piauí é contra a soltura dos três suspeitos presos na operação que apreendeu 1 tonelada de cocaína em Teresina. Na tarde dessa segunda-feira (30), o MP entrou com ação no Tribunal de Justiça do Piauí pedindo reconsideração da decisão do desembargador José Ribamar Oliveira.

“O Ministério Publico do Estado do Piauí, por meio da 20ª Procuradoria de Justiça, com o auxílio do GAECO, interpôs na tarde de hoje (30/12/2019), perante o TJPI, pedido de reconsideração da decisão do desembargador José de Ribamar Oliveira, que determinou no último dia 26/12/2019, a liberdade de Alexandre Vilela de Oliveira, Vagner Farabote Leite e André Luiz Caje Ferreira”, informou o MP-PI.


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A operação do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) prendeu sete pessoas e aprendeu 1 tonelada de cocaína pura, um helicóptero, uma aeronave e uma quantia de R$ 12 mil. As investigações apontaram que Alexandre Vilela, Vagner Farabote e André Luiz eram os pilotos as aeronaves utilizadas para o transporte da droga.

1,1 tonelada de cocaína foi apreendida durante (Foto: Divulgação SSP)

Na última quinta-feira (26), o desembargador José Ribamar Oliveira determinou a soltura dos suspeitos. Em entrevista ao O DIA nessa segunda-feira (30), o desembargador justificou sua decisão ao afirmar que o flagrante não se configurou no caso dos envolvidos. ““O que levou a soltura desses indiciados foi a irregularidade do flagrante. Foi um flagrante que não ocorreu, que não se caracterizou”, disse.

O Secretário de Segurança do Piauí Fábio Abreu classificou a decisão judicial de desastrosa. José Ribamar Oliveira pontou que entende os motivos da declaração do secretário, mas lamentou que ele tinha se referido a sua decisão com esse termo.

“Eu vejo com muita tristeza um secretário de segurança que chama uma decisão judicial de desastrosa, quando se sabe que nem bacharel em direito ele é. Ele critica uma decisão que se quer compreende o que é. A sociedade piauiense reconhece o trabalho dele pela segurança, mas uma pessoa do seu nível não pode tratar o judiciário dessa forma”, disse. 

Por: Otávio Neto
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