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Mais de 175 municípios do Piauí não retomaram aulas presenciais em 2021, aponta TCE

De acordo com o TCE, dos 219 municípios que responderam, 39 optaram pelo modelo híbrido e somente um pelo modelo presencial.

28/04/2021 09:23

Segundo levantamento feito pelo Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE/PI), em alusão ao Dia Mundial da Educação, comemorado nesta quarta-feira (28), 179 municípios do Piauí não retomaram as aulas presenciais no ano letivo de 2021 em virtude da pandemia do novo coronavírus. Os dados são referentes a questionários enviados aos secretários de educação dos 224 municípios do Estado. Destes, apenas cinco não responderam: Beneditinos, Bonfim do Piauí, Joca Marques, Palmeirais e Rio Grande do Piauí.


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Foto: Divulgação/Seduc

De acordo com o TCE, dos 219 municípios que responderam, 39 optaram pelo modelo híbrido e somente um pelo modelo presencial, observando a preponderância das atividades pedagógicas não presenciais no planejamento do ano letivo de 2021. Já em relação ao ano passado, 210 redes municipais de ensino ofertaram atividades pedagógicas de forma não presencial, enquanto as outras nove não aderiram a esse formato de ensino.

Apesar do ensino à distância ter sido adotado pela maioria dos municípios, o que se observa é que, mesmo nesses casos, o ensino online não foi a alternativa escolhida para dar continuidade às atividades pedagógicas na maioria das redes. De acordo com o TCE, apenas 21,14% optaram pelo uso de aplicativos de mensagem, 12,86% optaram pelo uso de plataformas online e 7,57% pelo uso de e-mail. Na maioria dos casos, a distribuição de material impresso, como apostilas (29,43%) e livros didáticos (23,29%), foi a principal estratégia adotada.

Fonte: Divulgação/TCE

“Dentre as redes de ensino que declararam ofertar atividades pedagógicas não presenciais no ano letivo de 2020, observou-se a adoção de várias estratégias ou ferramentas, seja de forma isolada ou em conjunto. A principal estratégia utilizada pelas redes municipais foi a distribuição de material impresso (apostilas), que foi adotada por 206 municípios. À exceção de quatro municípios, todos os demais adotaram essa estratégia”, pontuou a auditora de controle externo, Caroline Leite, chefe da Divisão de Fiscalização da Educação.

Em 2020, dentre as redes que ofertaram atividades não presenciais, 95,71% informaram que ofertaram essas atividades a todos os seus alunos, garantindo a universalidade de acesso; 93,81% confirmaram que efetivaram o controle individualizado da participação dos alunos e 93,33% implementaram avaliação de aprendizagem, o que corresponde à análise de como e em que medida as competências estão sendo apreendidas pelos alunos, possibilitando a identificação de déficit de aprendizagem e, com isso, o redirecionamento e redimensionamento das abordagens pedagógicas.

“É essencial que as redes de ensino atentem para o cumprimento das diretrizes do Conselho Nacional de Educação e demais normativos dos Conselhos de Educação, que estabelecem as regras a serem adotadas durante o período de excepcionalidade, para que essas atividades possam ser computadas para fins de cumprimento da carga horária mínima, conforme previsto na legislação”, reforçou Caroline.


Por: Com informações do TCE.
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