Os motoristas e cobradores do transporte público de Teresina amanheceram esta quarta-feira (28) em greve. É a segunda vez no intervalo de duas semanas que a categoria paralisa suas atividades reivindicando melhores condições de trabalho e o pagamento de benefícios como tíquete alimentação e plano de saúde. Sem ônibus nas ruas, ou ao menos com a frota operando em capacidade reduzida, os teresinenses lotam as paradas.

Por meio de nota, o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina (SETUT) disse que não há justificativa para a greve, uma vez que o pagamento dos benefícios não foi objeto de acordo coletivo. A entidade destacou que nos últimos dias já houveram duas decisões judiciais que suspenderam a eficácia da liminar do TRT (Tribunal Regional do Trabalho do Piauí) que obrigava as empresas a concederem o tíquete alimentação e o plano de saúde.

“A greve dos motoristas e cobradores irá de encontro às duas decisões judiciais de instâncias superiores e por consequência, contra a população de Teresina”, é o que diz o SETUT em nota. O sindicato reiterou que está com a frota de ônibus da capital de prontidão para circular em sua totalidade e que espera que as autoridades competentes possam intervir para garantir que a população não fique desassistida.

^{Foto: O Dia}

Sindicato dos motoristas e cobradores já havia sido multado

O movimento grevista dos motoristas e cobradores de ônibus da capital vem um dia após o sindicato que representa a categoria, o SINTETRO, ter sido multado em R$ 100 mil pelo descumprimento da liminar que garantia a circulação mínima dos ônibus em Teresina durante a primeira paralisação ocorrida nos dias 13 e 14 de outubro.

Reunida em assembleia nesta terça-feira (27), a categoria garantiu que 70% da frota vai circular nos horários de pico e que 30% vai circular nos demais horários. Vale lembrar que a Strans (Superintendência de Transporte e Trânsito de Teresina) está procedendo com o cadastro de veículos alternativos para minimizar os impactos da greve dos motoristas e cobradores de ônibus da capital.

Por: Maria Clara Estrêla