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Greve dos ônibus: categoria aguarda decisão do TRT sobre demissão indireta

Os trabalhadores alegam que irão pedir demissão coletiva, caso nenhum acordo seja feito.

05/03/2021 09:29

A greve dos ônibus em Teresina completa um mês na próxima segunda-feira, 08, e até o momento o movimento dos motoristas e cobradores continua por tempo indeterminado, pois ainda não houve um acordo durante as tentativas de negociação com os empresários.


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Diante da situação, Cardoso explica que no dia 10 de março, haverá uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho do Piauí (TRT-PI), sobre uma ação de demissão coletiva indireta, onde o empregado rompe o vínculo com o empregador por descumprimento das obrigações como pagamento de salário e contribuição do FGTS.

"O último acordo que a gente propôs foi o salário de 2019, o pagamento linear dos tickets, que para os motoristas corresponde a R$ 305,50 e plano de saúde zero. Mas não houve avanço e não se chega a acordo nenhum com a prefeitura e o Setut", afirma o motorista Antônio Cardoso.

O trabalhador conta que está difícil pagar as contas e até alimentar a família, pois a categoria não não está recebendo seus benefícios.

"A gente tem um vínculo com a empresa, não podemos arrumar outro emprego, não recebemos nosso salário e cada dia que passa só aumenta a nossa dificuldade", conclui Cardoso.


(Foto: Assis Fernandes/ O Dia)

Outro lado

Em reunião, a Prefeitura de Teresina e o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano (Setut) entraram em um acordo para tentar acabar com a greve dos ônibus de Teresina. 

Ficou decidido que a prefeitura irá parcelar em 20 vezes a dívida de quase R$ 22 milhões que possui com os empresários e dar uma entrada no valor de R$ 1,6 milhão para garantir ao menos o pagamento dos salários atrasados dos trabalhadores.

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